tag:blogger.com,1999:blog-721664764664878882024-03-19T00:20:08.108-04:00Panóptico SocialAbordagens sobre a vida social contemporâneaPanóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.comBlogger43125tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-24244175389945060162011-11-13T07:48:00.002-04:002011-11-13T22:11:35.710-04:00Se protestar não incomodasse, não seria protesto – A narrativa de um caso<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Por André Andrade </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> O ato de protestar é, sem dúvida, o ato de maior magnitude do ser humano. Exige coragem, conhecimento de causa e constância pelo que se defende ao ir à luta. Necessita ainda de extremo vigor para suportar a falta de bom senso daqueles que, afetados pelas consequências geradas por conta manifestações e pensando somente em si próprio, ao serem incomodados, agem de maneira hipócrita diante de tais circunstâncias. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> Aquele que protesta faz isso porque sofre alguma injustiça, não é assistido pelo poder público e chegando a uma situação de exasperação, busca reivindicar seus direitos como forma de amenizar as agruras que vem passando. Em coletividade, as ações reivindicativas são mais fecundas e incisivas no sentido de que em maior quantidade, o poder de interferência é maior, e por isso se torna impactante, alem de chamar a atenção da sociedade em geral, mesmo que o problema que motiva e desemboca no protesto não incida diretamente sobre os interesses da maior parte dos indivíduos que a compõem. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> Faz pouco tempo que vivenciei um fato interessante. Saia do trabalho, na cidade de Ubaitaba, em direção à rodoviária para poder pegar o ônibus e voltar para casa. Na chegada, me deparei com a BR 101 estagnada, cheia de veículos parados na pista e me veio logo a hipótese de ter ocorrido algum acidente. Suposição desfeita ao procurar saber com aqueles que estavam mais informados sobre a questão. Manifestantes fecharam a pista e reivindicavam do governo a melhoria da estrada de chão que leva até as cidades de Taboquinhas e Itacaré. Em péssimas condições, cheia de buracos, e intransponível em dias chuvosos, além do vandalismo que ali se instalou, a estrada é uma vicinal importante por ser um atalho de fluxo constante. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> Passados uma hora desde que havia chegado na rodoviária, circularam os boatos de liberação da pista por meia hora, provavelmente fruto de alguma negociação com a polícia federal presente no local e que percebendo a extensão quilométrica de automóveis na BR, devia ter pedido um tempo para os manifestantes e desta forma tentar administrar a situação. Diante da confirmação do boato, todos a bordo no ônibus, era o momento de aproveitar a oportunidade. Custou ao motorista encaixar o ônibus em meio a um trânsito abarrotado de veículos, cena comparável à da marginal Tietê, cena incomum por aqui por essas bandas.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> Aproximando-se do epicentro do protesto, enquadrou-se instantânea e involuntariamente em minha visão uma imagem fotográfica fabulosa, cujo título seria, caso conseguisse fazer transcendê-la de minha memória, <i>Os Miseráveis Conscientes</i>. As minhas vistas alcançavam uma caminhonete com sua carroceria cheia de homens, mulheres e crianças com enxadas e biscós em riste. Impressionante, admiravelmente impressionante. Toda aquelas pessoas ali, mobilizaram-se e imobilizaram uma rodovia chamando a atenção de todos pelo descaso o qual estão passando. Incomodaram, e por isso foram notados juntamente com seus problemas. Quietos em suas casas eram imperceptíveis e conviviam abruptamente com um problema que consumiam suas vidas então miseráveis devido às suas condições sociais. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> Ao passar em frente aos manifestantes, o passageiro sentado atrás de mim abre a janela e começa a xingá-los, difamando a todos e mandando-os trabalhar ao invés de “estarem ali atrapalhando a vida de quem tem ocupação”. Deprimente. Existe algo mais dignificante do que protestar? O “trabalho digno” só faz manter a ordem que oprime os desassistidos pelas políticas públicas. O protesto é uma turbulência nas engrenagens da sociedade que, desmantelando-a, mesmo por algumas horas, nos fazem pensar que a estabilidade é uma corda frágil e que nada está certo e definido. Abalar a ordem é não concordar com o que está posto, é dizer que numa sociedade as condições justas de vida não estão ao alcance de todos. O ato de protestar é uma quebra das reificações, quando então biscós e enxadas rasgam as camisas de força que o Estado e a sociedade adestrada vestem seus indivíduos.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> A cena foi triste, mas era lógico isso acontecer, porque senão poderíamos julgar que as pessoas estão melhores. Além do mais, se não incomodassem, não chamariam a atenção das autoridades políticas. É difícil esperar a compreensão das pessoas e fazer com que reflitam sobre problemas que “não lhes dizem respeito”. Todavia, essa <i>aula de contestação civil</i> tem de ser analisada por outra ótica que não a do alienado, daí a necessidade de sociologar.</span></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-3255635907681576722011-11-05T10:10:00.002-04:002011-11-13T17:16:08.533-04:00Saindo do Limbo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="text-align: justify;">Este longo hiato devido às interrupções das postagens tem diversas desculpas. Elegeria o desgaste imaginativo como a principal delas. Foram muitos textos densos e polêmicos, às vezes sem noção, admito, mas tiveram outros com (des)carga bastante questionadora, insuflada de filosofia negativa. Este blog se tornou instrumento de verdadeira catarse para a sanha intelectual de garotos (kkk, tenho de parar de ouvir Leoni) que queriam expor ideias no mínimo descabíveis. Conseguimos? Oh maybe, maybe, maybe, como já cantarolava algum poeta tentando atingir o estado do Nirvana (acho que sem heroína). Expomos o ridículo, a insensatez, o grotesco, o incabível porque temos de propor alternativas reciprocas aos adjetivos a pouco listados e que regem em nossa depreciada realidade. Aliviamos-nos. Escrever é um gesto libertário, mas incerto. Não se sabe o que o efeito de suas palavras podem provocar. Ademais, outras ocupações vieram à tona e tivemos de dissuadir de nossos ofícios no blog. Almejamos agora sair desse limbo da blogosfera e retomarmos nossas atividades, pois esse silência ensurdecedor não pode perdurar ante os gritos inaudíveis do Panóptico Social. Textos em Breve!</div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-92103051469680050252011-04-24T11:05:00.003-04:002011-04-24T11:11:28.770-04:00Desbravadores de territórios já desbravados<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">Por André Andrade<br />
<br />
<br />
<div style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">No século XVIII o filósofo Rousseau propalava que <i>“</i><i><span style="font-style: normal;">o primeiro homem que cercou um pedaço de terra e disse que era sua propriedade e encontrou pessoas que acreditaram nele foi o fundador da sociedade civil.” Não querendo entrar no mérito sobre a origem das desigualdades, assunto este que o pensador discute a partir desta colocação, aproveitaria a citação para se perguntar: e quando a cerca é imaginária, como faz?</span></i></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; font-style: normal; line-height: 115%;">Aqui no Sul da Bahia, ora ou outra mechem num assunto fétido que é a questão dos limites territoriais das principais cidades dessa região, Itabuna e Ilhéus. A fagulha da vez foi a chegada de empreendimentos que se estabeleceram na zona de conflito – onde se encontra o suposto limite entre as cidades. Todavia, tais limites não delimitam a tolerância dos chefes locais, e o que passamos a assistir é uma troca de farpas de ambos os lados preocupados em levarem para si o título de cidade em expansão, ou de forma eufemisticamente colocada, em desenvolvimento.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; font-style: normal; line-height: 115%;">Ilhéus, capitania quando do período colonial, sobre a égide de ser a primogênita da região, chegou ao escrúpulo ( a partir da voz de seus representantes) de “desemancipar” a pródiga Itabuna, filha rebelde que desatou laços umbilicais com a Princesa do Sul e auto-outorgando o título real de Rainha, ousadia esta advinda do fruto de ouro, muito próspero nestas terras férteis livre da maresia corrosiva do mar. </span></i></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; font-style: normal; line-height: 115%;">A cutucada do tigre fez o Leão rugir alto e de forma estridente. A resposta veio de um deputado que faz parte de uma comissão estadual que trata de assuntos territoriais, detalhe que deixou as autoridades ilheenses em estado de preocupação. O respectivo deputado chamou a atenção para o abandono do bairro Salobrinho, pertencente à Ilhéus, anunciando claramente as intenções de estender o domínio itabunense até o destratado bairro, e porque não a Universidade estadual de Santa Cruz, real motivo que induziu o deputado a proferir tais palavras? O que dá tal ousadia a este deputado de anunciar essas pretensiosas mudanças é o status da cidade de Itabuna que atrai toda a população das cidades circunvizinhas devido ao “turismo” comercial, o que a torna imponente ante às suas vizinhas.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; font-style: normal; line-height: 115%;">O grande imbróglio é que os interesses políticos, aliados aos interesses econômicos atiçam uma rivalidade local que não traz vantagens para nenhum dos lados, e muito menos pra quem fica na berlinda, o povão. Desde o declínio da produção do fruto de ouro, a região vive à deriva, sem rumo. Assiste-se apenas o tempo passar, intercalados com algumas trocas de farpas entre os notáveis. O que se vê é uma classe média, de mão de obra qualificada, aproveitar a rentabilidade econômica provinda dos assalariados engordarem suas contas. Assalariados custeados por empresas, cujas disputas políticas as fazem se sentirem como se estivesse cedendo um favor aos miseráveis grapiúnas.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><i style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; font-style: normal; line-height: 115%;">A mudança dos limites não vai mudar EM NADA a situação da população local de baixo estudo: trabalhando em regime de exploração, ganhando salário minimíssimo, compondo famílias sem condições de dedicarem-se à educação de seus filhos, ou seja, são disposições estruturais que enrijecem a linearidade de vidas que irão somente “passar”. Enquanto que os nativos trocam tapinhas, os estrangeiros, bem acomodados no meio do fogo cruzado, lucram sem reverteram nada para beneficiar o nosso espaço. Caso pensem em alguma ação do tipo, provavelmente será o financiamento de um muro da discórdia porque com toda essa abstração, essas discussões não passam de uma piada lamentável.</span></i><i><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></i></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-3038666811936707252011-04-09T00:09:00.003-04:002011-04-09T11:01:20.301-04:00Ainda Bourdieu Vs Marx<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="text-align: justify;">Por Humberto Rodrigo</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> De certa uma forma dando continuidade ao meu último texto (<a href="http://panoptico-social.blogspot.com/2011/03/consciencia-de-classe-que-classe.html">http://panoptico-social.blogspot.com/2011/03/consciencia-de-classe-que-classe.html</a> ) e ainda digerindo, em doses homeopáticas, a leitura de Bourdieu (O Poder Simbólico), me volto novamente à questão do poder e das lutas de classe. Só que desta vez não com o intento de discutir se é possível ou não uma luta unificada - de fato e de direito - das classes menos favorecidas ante as elites. Desta vez o intuito é analisar a relação de uma classe qualquer (seja ela a dos operários, das domésticas, dos jogadores de xadrez da esquina,...) com o líder sindicalista e o poder.</div><div style="text-align: justify;"> Em "A Ideologia Alemã" Marx assinalou que todas as classes aspiram ao poder. Eu discordo do "velho" Marx, acho até que ele pode ter se equivocado. Fazendo uma decomposição das classes em sua unidade básica, o indivíduo, eu diria que a luta da classe não é pelo poder. Diria mais: na verdade eles são avessos ao poder. Estar no poder implica liderar, e para liderar é necessário tempo, disponibilidade, pulso, exercício intelectual, dentre outros, e é consenso geral que a imensa maioria das pessoas (nesse caso a classe em questão) não está disposta a todos esse "sacrifícios". Tudo que elas querem é uma vida razoavelmente boa. Uma vida normal, sossegada, com tempo para os seus filhos e para a sua casa; com o seu trabalho estável e a viagem de férias garantida, no final do ano; em uma expressão: desejam uma vida confortável (obviamente que terá aqueles que anseiam o poder, mas sim enquanto unidade básica, e não como classe constituída). E sob esse pano de fundo que entra em cena a figura do líder sindical.</div><div style="text-align: justify;"> Quem é o líder sindical? Por vezes vemos que esse líder é o cara mais "estudado", o mais engajado no movimento, o que fala em nome da categoria. Em síntese: ele é a elite dos dominados. Bourdieu fazia referência a esse líder como "o porta-voz" do grupo. Em uma assembleia, ele é <i>o grupo</i>, se reveste do mesmo e o personifica. A figura do líder sindicalista ganha um status tal, que este é autorizado a falar pelo grupo. Pensemos, por exemplo, o líder do sindicato dos rodoviários. Agora pensemos na quantidade de pessoas que fazem parte dessa categoria e, consequentemente, quantas pessoas estão sendo representadas na pessoa do líder. Pensamos em quantas vozes estão se pronunciando quando ele abre a boca.</div><div style="text-align: justify;"> Um outro ponto que merece ser observado é que na mesma medida que o líder é a voz do grupo, o grupo também <i>pode</i> vim a ser a voz do líder. Ora, como vimos, o líder é aquele cara que estudou mais, o que está na linha de frente da causa. É aquele que <i>sabe </i>a necessidade da classe. Munido do capital cultural (conhecimento), ele possui artifícios o suficientes para exercer o poder de convencimento (este o mais legítimo poder simbólico) sobre os seus regidos.</div><div style="text-align: justify;"> A relação classe X poder deve ser analisado tanto da vertente de baixo para cima, quanto de cima para baixo. É fato que muitos desejam o poder, entretanto vejo com certa cautela a idéia de que todas as classes anseiam o poder. Vejo na verdade, certa aversão ao mesmo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">PS¹- Não é intenção do texto, muito menos do blogueiro, deturpar o trabalho dos líderes sindicais, nem tampouco pó-los como meros manipuladores, e as classe regidas por eles como massa-de-manobra. Longe de generalizações, o texto tem por intuito abordar situações que, frequentemente, ocorrem no seio da sociedade.<br />
<br />
PS²- Apesar de o título sugerir, nunca houve de fato algum tipo de "duelo" entre Pierre Bourdieu e Karl Marx. É bem verdade que existem alguns asteriscos do primeiro em relação ao segundo, mas nada que possa ser considerado como uma crítica ferrenha ou uma briga (pelo menos não no humilde conhecimento deste blogueiro). O que houve foi um confrontamento, por parte do blogueiro, das teorias de ambos.</div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-4999403527223717372011-04-03T16:33:00.002-04:002011-04-03T16:41:37.384-04:00A irresponsabilidade manda e o Mosquito da dengue executa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">Por André Andrade<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Um grave problema endêmico que persiste em nosso meio e que tende a se agravar com a grande incidência das chuvas no verão é a dengue. Transmitida pelo <i>Aedes aegypi</i>, o mosquito “odioso do Egito” espalha a calamidade que mais atribula a vida da região pós-cacauicultora, depois da vassoura-de-bruxa. Certo é que todo ano existe essa apreensão de se viver uma pandemia regional devido aos altos índices de infestação do mosquito, todavia, quem provoca a possibilidade de reprodução do mosquito não deveria ser a verdadeira responsável por essa situação? </span></div><div></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">O mosquito é um bichinho irracional que por instinto, se alimenta de algumas gotículas humanas, e carregando o vírus da dengue, devido a sua condição genética, involuntariamente transmite o vírus da dengue. Quem permite a possibilidade de reprodução do vetor da dengue, deixando acumular águas em recipientes abandonados nas ruas, quintais e terrenos baldios é o chamado Homem da Sapiência. A ausência de escrúpulo de quem joga garrafas de bebidas pelas janelas dos ônibus, que deixa tonéis de águas descobertas, ou joga recipientes em terrenos abandonados propicia a formação de assassinos irracionais que matam sem culpa, sem consciência. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">A proliferação do mosquito é a conseqüência da absurda irresponsabilidade humana que já se cansou de ouvir dos perigos da doença, mas que insiste em intentar negligentemente contra a própria vida. Estamos combatendo o inimigo errado. Temos de atentar contra a falta de consciência das pessoas. A figura do mosquito disfarçado em nosso meio em uma roda de samba, por exemplo, é uma forma errada de pensar o problema, e desencadeia uma forma errada de combatê-la. O alvo não é o mosquito, e a irresponsabilidade humana. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Deve-se fazer uma campanha em que demonstre a fonte primária do surgimento do mosquito, e atinja desta forma a consciência das pessoas. Deve-se também mostrar os resultados das faltas de responsabilidades tendo como maiores conseqüências a morte das pessoas, mostrando que evitando o acúmulo de água em recipientes, ou seja, gestos ínfimos podem fazer com que mortes possam ser evitadas. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Estamos numa guerra no qual os irracionais são os mandantes propiciadores do surgimento dos mosquitos, simples executores que agem por instinto, por bom senso da natureza.</span></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-57166032568668729782011-03-27T10:35:00.002-04:002011-03-27T12:13:53.276-04:00As Ilusões Perdidas de Honoré de Balzac - A força da Pena<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Por André Andrade</span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Antes de iniciar, gostaria de deixar claro que não pretendo ser aqui um crítico literário. E a prova disso é que ninguém que pleiteie tal mérito inicia sua carreira falando de um clássico como Ilusões Perdidas, do vociferante Honoré de Balzac. A maestria com que este grande escritor descreve o poder devastador da mídia de sua época é um ponto marcante dessa obra, e que entre os diversos assuntos abordados, é a que mais transparece a raiva pessoal do escritor para com esta corja de assassinos da arte. Esse é o foco deste texto, o poder exercido pela mídia desde seus primórdios, segundo Balzac.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em linhas gerais, a obra, que faz parte de uma grande coletânea de narrativas intituladas A Comédia Humana, narra a história de um poeta que também escreve prosa nascido na provinciana região da França, a cidade de Angoulême, e que por isso mesmo não vê um futuro brilhante caso não se arrisque a tentar vender sua arte na capital parisiense. A vaidade é a marca de Lucien Chardon, que por ser pobre, não esconde seu desejo de atrair para si fama e riqueza. Ao chegar em Paris, Lucien se vê abandonado por aquela que lhe prometeu ajuda em Angoulême, uma instruída mulher que também tentar ascender dentro da linhagem nobre, planos estes cuja ligação com Lucien somente atrapalharia seus objetivos. Renegado, humilhado ante a “Alta Sociedade” e com dificuldades financeiras, Lucien arrisca sua genialidade de escritor aventurando-se nas redações dos jornais. Ele faz amizades sinceras que o aconselham a esperar, a não se corromper em um meio tão imundo como o midiático, conselhos que ele dispensa pelo fato de sua ansiedade, alimentada pela vaidade desastrosa, não deixar que ele perca mais nenhum dia vivendo em miséria. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">É claro que a história não se resume a Lucien Chardon, todavia, para nosso intento, esta breve colocação já basta para nos situarmos na crítica mais ferrenha que Balzac tece em sua obra. Em sentido amplo, duas frases contidas no livro podem nos dar uma visão estrutural da obra: “A inteligência é a alavanca com a qual se move o mundo. Mas uma outra voz gritava-lhe que o ponto de apoio da inteligência era o dinheiro”. Essa é a peleja das personagens pobres da história, tendo genialidade de sobra, lhes faltavam dinheiro para apoiarem tamanho talento. O que o nosso poeta provinciano foi procurar em Paris querendo achar logo de imediato foi reconhecimento e apoio$. Não conseguindo no tempo hábil que planejava, e vendo suas economias evaporarem, foi a procura de algum redator que lhe concedesse espaço em algum jornal para sobreviver. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">É a partir desse acontecimento, o ingresso de Lucien na área jornalística, como crítico de peças e de livros, é que Balzac expõe o poder de uma mídia corrupta, que não tem apreço pelo material que se analisa, e sim pelo preço que pagarão pela crítica. Como resume a fala de Loustoeau, jornalista que introduziu Lucien no jornalismo, a seu pedido, “a polêmica é o pedestal das celebridades”. O inocente Lucien, que alimentava um alma de poeta, não conseguiu entender este mundo escarnecedor retratado na narrativa balzaquiana, e foi por não entender que sucumbiu (a volta de Lucien a sua cidade natal é de uma humilhação indescritível, aliás, descritível somente por Balzac). </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Todo artista, escritor, atores e atrizes, donos de teatros, tinham de manter um forte vínculo com algum jornalista, vínculo este mantido por um jogo de barganhas. Aqueles que se negassem a tal empreendimento teriam suas obras, suas artes desqualificadas nas letras da imprensa. O público então respondia com a repulsa à obra, cuja leitura dos jornais lhes indicava as orientações das melhores artes a serem apreciadas, e as piores a serem desamparadas, ou seja, aquelas que os jornalistas queriam que fossem aceitas ou desprezadas. O efeito das colunas dos jornais era instantâneo. Uma peça de teatro da alta qualidade poderia ser transformada à força da pena na pior espécie de peça que já existiu. E uma peça de baixa qualidade poderia ter seus salões lotados, conforme a força da pena. Então era assim, as pessoas não apreciavam a arte, mas a opinião do jornalista. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Efeitos mais devastadores se encontravam no mercado editorial. Ao custeio para edição de livros os editores tinham de somar os custos com o jornalista que teceria a “crítica”. O editor que não aceitasse a barganha veria seus investimentos afundarem com os livros parados nas prateleiras das livrarias, processo este que poderia ser revertido com a aceitação das condições impostas ao editor. O próprio Lucien conseguiu extorquir um certo editor que não queria aceitar ler e editar sua coletânea de poemas, As Margaridas. Na loja do editor não foi sequer percebido, todavia, com o poder da pena, fez o negociante de livros se deslocar de sua loja até o jovem poeta pedir que o mesmo revertesse a crítica que fez o seu mais recente lançamento congelar nas estantes.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O pior de tudo era a possibilidade da impessoalidade que o jornal permitia. Balzac resume de forma simples e completa todo o espírito dilacerante dos jornais: “em vez de ser um sacerdócio, tornou-se um meio para os partidos; e de um meio passou a ser um comércio, e como todos os comércios, não tem fé nem lei. Todo jornal é uma loja onde se vendem ao público palavras com as cores que ele deseja. Se existisse um jornal de corcundas, dia e noite provaria a beleza, a bondade, a necessidade dos corcundas. Um jornal não é feito mais pra esclarecer, mas para adular as opiniões. Assim, todos os jornais serão em um dado tempo covardes, hipócritas, infames, mentirosos, assassinos, matarão as idéias, os sistemas, os homens, e por isso mesmo florescerão. Napoleão justificou esse fenômeno moral ou imoral, como desejarem, por meio de uma frase sublime, ditado por seus estudos sobre a Convenção: ‘os crimes coletivos não comprometem ninguém’. O jornal pode se permitir a mais atroz conduta, ninguém sairá pessoalmente maculado”.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Esse é um ponto do romance em que Balzac deixa transparecer toda sua raiva pessoal para com a Imprensa. Ele que sofreu com esse jogo de barganhas, vendo seu talento às dependências de picaretas dos jornais, quis transpor toda essa realidade da modernidade para a literatura, denunciando todo poder de manipulação que os jornalistas passaram a concentrar em suas mãos. Isso em pleno século XIX, auge da Indústria, da mecanização da produção em larga escala, época esta em que a arte se curvava à vontade da pena do redator, não importando se aquele cria ou se este somente faz destoar da situação. </span></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-72870406129520426612011-03-21T09:00:00.001-04:002011-03-28T12:06:09.977-04:00Consciência de Classe? Que Classe?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">Por Humberto Rodrigo<br />
<br />
<div style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">“A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história da luta de classes.”. É com essa célebre frase de se dá início ao primeiro capítulo de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Manifesto Comunista</i> (obra mais de Marx que de Engels). As classes às quais Marx se refere são burguesia e proletariado. Estas, viveriam – ainda segundo o nosso autor – em constante tensão. Mas o que Marx parece não ter percebido é que a briga não é apenas entre burguesia e proletariado. A briga mais intensa, talvez, ocorre intraclasses.</div><div style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">A coerência do pensamento marxista (aqui usado referindo-se diretamente ao autor e não à grupos humanos que se alcunham como tal) é sem dúvidas fantástica: as relações de opressão apontadas por Marx criaram um grande mal estar na zona de conforto em que a burguesia se encontrava. A grande base de fundamentação de suas teorias baseava-se no conceito das lutas de classes. Mas Marx deixa a desejar é quanto a briga interna das classes. Explico: o “povo” não quer ser visto como “povo”. Bourdieu, <st1:personname productid="em O Poder Simblico" w:st="on">em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Poder Simbólico</i></st1:personname>, já nos traz a briga que cada classe tem para buscar a sua diferenciação. Enquanto aquele pensou a sociedade como bidimensional, dividindo-se apenas entre burguesia e proletariado, este a vê como uma organização multidimensional. Em Bourdieu já não se fala mais em classes sociais e sim em campo e sub-campos. Pela sua divisão dicotômica, Marx vê a classe social como algo uniforme onde todo o substrato burguês pensa única e exatamente de uma forma e por outro lado, o substrato proletariado, também pensaria de maneira uniforme. Não. Perdoem-me a redundância, mas se estamos falando de classes sociais, estamos falando de pessoas. Apesar de sua genialidade, o autor alemão não se deu conta de que os seres humanos são vaidosos por natureza, a diferenciação lhes dá um ar de superioridade, como o médico que não quer fazer o trabalho da enfermeira, nem esta o papel da técnica de enfermagem, apesar de as funções de todos eles serem relativamente próximas umas das outras. E nada mesma medida que isso se deve pela diferenciação profissional, tambpem se dá no campo do ganho simbólico do “nome” da profissão. Isso é possível ser localizado até programas lúdicos, como o próprio seriado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Chaves</i> onde o cenário é uma vila pobre na Cidade do México. Todos têm mais ou menos a mesma condição financeira, no entanto o discurso de Dona Florinda em referência à Seu Madruga é: “Vamos tesouro. Não se misture com essa <i style="mso-bidi-font-style: normal;">gentalha</i>.” Na concepção marxista tal fala não seria possível uma vez que ali é o proletariado falando para o proletariado. Marx vê o proletariado como um bloco uniforme, e aí está o seu erro.</div><div style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">A idéia de se fazer uma revolução à moda antiga bipartindo a sociedade entre os que têm os meios de produção e os que não têm, se mostra deveras superada. O conceito de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">habitus</i> também proposto por Bourdieu é que mais se encaixa no que vemos hoje de sociedade. Não há sentido em dividir a sociedade em dois blocos, sendo que não há uniformidade entre eles. Proletariado não é só proletariado. O erro de Marx foi subestimar a capacidade de sonhar e de se diferenciar, existentes no seio da massa. Com pensamento tão heterogêneo e com uma diversidade de sub-campos ocupando o mesmo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">habitus</i> de uma “classe” acho cada vez mais difícil ver a sugestão do Marx, ao final do livro, se cumprir: “Proletários de todo o mundo, uni-vos”.</div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-41069728911473416842011-03-12T07:41:00.001-04:002011-03-12T07:42:46.726-04:00As dores do Mundo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">Por André Andrade<br />
<br />
<br />
Meu olhar andarilho esbarra-se nas esquinas<br />
Encontra pessoas acomodadas no chão e sob o teto estelar<br />
Um olhar que caminha transpondo o que se vê<br />
Mas não deixa de olhar para trás e se perguntar por quê?<br />
<br />
Um palhaço sobe no ônibus e clama atenção<br />
E com um sorriso forçado nos conta sua tristeza<br />
Triste criatura que depende da caridade alheia<br />
A pervesidade do acaso lhe impôs esta condição<br />
<br />
As vezes, dá um aperto no coração<br />
De pensar no infortúnio das pessoas<br />
Do sofrimento diário, dessa esperança libertina<br />
Que já não esconde o futuro sem novidade<br />
<br />
Por vezes, há de endurecer o frágil coração<br />
Para que não nos desesperemos<br />
Diante desta situação que suga a lucidez ao fundo<br />
Fundo de chão rachado, sertão no mundo<br />
<br />
A terra de gente seca invoca aos céus<br />
Por respostas de porque não ter o que comer<br />
A ponto de retirar-se do solo batido<br />
E encarar o asfalto áspero com os pés carcomidos<br />
<br />
Um rapaz pede ajuda, uma intera para a graxa<br />
Fazer brilhar os pés do cliente, curvar-se à vaidade<br />
Para juntar dinheiro, e comprar uma sandália<br />
Anda a cidade toda, fugindo da miséria<br />
Que faz ponto nas esquinas<br />
Ignorando a arrogância dos viventes<br />
Perseguindo sem tréguas os que teima em sobreviver<br />
<br />
Um pequenino a guiar um cego pede licença<br />
Educado menino que demonstra a feitura das pessoas<br />
Seres movidos por vaidade, repulsiva vaidade<br />
Que só a terra há de aceitar sem regugitar.<br />
<br />
Meu eu-lírico digladia-se com meu eu-mundo<br />
Por que tem sido assim?<br />
Por que Eros prevaleceu<br />
E o Ágape empalideceu?<br />
<br />
Essas dores errantes, atravessando nossos olhos<br />
A todos instantes, perâmbulos afoitos<br />
Sem achar a razão dessa situação dilacerante.</div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-79139975282871698762011-03-10T20:25:00.002-04:002011-03-11T09:00:00.600-04:00De quem foi a culpa? Ah, foi do Carnaval.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Por André Andrade</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sei que foi bom, que já passou, mas ainda estamos em tempo de falar do carnaval, e não, eu não pulei carnaval. Na verdade não é sobre carnaval que quero falar, quero falar de uma coisa que foi muito intensa nesse primeiro bimestre, e que traz como conseqüência o carnaval. Primeiro, vamos aos fatos.</span></div><div></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No início do ano todos nós acompanhamos a tragédia na região serrana do Rio de Janeiro devido a uma grande incidência das chuvas em um curto período de tempo. Tal catástrofe provocou deslizamentos de terra, inundações e outros transtornos que ceifou a vida de centena de cariocas. Todo o mundo acompanhou aos fatos chocados com as notícias que abriram o ano contrariando nossos pedidos de esperanças e felicidades para todos. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">As explicações acerca das catástrofes da natureza não tem boa aceitação para boa parte da razão popular. Todavia, o que me assustou foi o fato de ter imputado a causa desta tragédia ao carnaval, sendo que faltava ainda cerca de um mês e meio para as festividades começarem. Não sou carnavalesco, tenho pavor de multidão e não estou defendendo, muito menos se desfazendo do mesmo, mas essa conexão que as pessoas fazem entre fenômenos naturais e festas profanas e castigo do sagrado é uma construção mental muito curiosa.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Essa curiosidade no Brasil se torna singular por causa das enchentes no sul/sudeste que ocorrem sempre em fim e início de ano. Geralmente, é São Paulo que se destaca nesse quesito. As cidades paulistanas nunca estão preparadas para as chuvas de verão que cuja pluviosidade todo ano é constante nos mesmo meses, ou seja, tem-se bem formada a idéia de quando vai chover muito e provocar todos os transtornos que vamos continuar a ver enquanto o PSDB não tomar medidas drásticas no cenário paulistano. Curioso é que isso acontece no período que se aproxima do carnaval, o que “justifica” a equação pensada pelo senso comum: carnaval = tragédia.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Somam-se a esses fenômenos os incêndios ocorridos na cidade do samba que destruiu boa parte do material de algumas escolas de samba. O clímax disto tudo foi o caso do trio que recebeu uma descarga que matou cerca de 15 pessoas no momento que o bloco de pré-carnaval fazia a folia das pessoas em Minas Gerais. Além disso, temos os fenômenos secundários que aumentam nesse período como os acidentes nas rodovias, e que o povo teima a justificar: - é culpa do carnaval.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Engraçado, na Austrália tem carnaval? Não sei. Digamos que sim, e perceberemos que a lógica popular não bate: lá teve enchentes provocadas pelas chuvas concomitante às do Rio. Digamos que não, e a lógica mesmo assim não engrena: lá morreram dezenas, e não centenas como aqui.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Então, o que acontece é muito intrigante: as pessoas estão deixando de pedir justificativa ao poder público, e culpando o carnaval. Mais do que isso, se renderam a esta culpa.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sei que não se pode evitar as fatalidades, mas as explicações sobrenaturais estão invadindo nossas vidas de tal forma que penso diante da iminência de uma nova idade média, e mais forte (ideologicamente) do que nunca. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em Itabuna, acabaram com o carnaval, só não conseguem acabar com o aumento da violência, de usuários de crack. Itabuna hoje é uma das cidades mais violentas do Brasil. Por isso digo que estamos num período que as instituições sociais políticas estão absorvendo ideologias religiosas de grande alienação, misturando tudo de novo. Tudo o que não agradar aos olhos da divindade tem de ser extirpado, e se não obedecer, recairá um castigo sobre aqueles que não seguirem as normas. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Isso é uma justificativa muito apelativa. Ante a tragédia, o horror, a perda de entes queridos, o choque que tudo isso causa nos tornam sensíveis a ponto de qualquer conforto que ser oferecido ao ser humano ser absorvida sem questionamento. Estão sedentos por alguma coisa que os acomodem, que tragam de volta à racionalidade. E quem só assiste a esses eventos, essas catástrofes? Também se angustiam, se desesperam, se sentem incomodadas com a situação, mesmo que tenha acontecido a quilômetros de distância. Por isso, tentam criar uma capa de proteção, algum instrumento que isolem de todas as assolações porque o fato de ter acontecido em outro lugar não impede que aconteça em outra localidade. E procurar uma capa é procurar um culpado, e achando um culpado, atenua-se a culpa. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O carnaval é um período de festividades em que a maioria das pessoas tomam a libertinagem por preceito. Diversão e Lazer é a lei, é claro, com dinheiro no bolso. Como disse, não gosto do carnaval, e, portanto, não posso dizer mais do que se encontra no imaginário popular. É uma festa profana, secular, onde se encontra todos os prazeres carnais para todos os gostos. A festa tem todas as características para ser tomada como culpada de provocar a ira e/ou tristeza divina e conceder e/ou promover os castigos sobre os homens. </span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Vivemos em tempos de difíceis entendimentos, no qual a emoção se sobrepõe à razão. Há uma angústia social provocada pela incerteza futura. Nunca o ser humano se sentiu tão angustiado quanto a futuro. A selva está crescendo e os seres humanos estão voltando a serem os lobos de seus próximos. Simplesmente, desistiram de contestar, jogaram a toalha branca, e estão deixando para a justiça divina a resolução das coisas terrenas. Os mais velhos tem nostalgia dos tempos de outrora, por isso, percebe-se que são esses os que mais culpam o carnaval pelas transformações dos tempos. Os mais jovens estão cerceados por esta nostalgia. Entre os mortos e os insensatos, soçobram os atônitos que não querem achar culpados, mas entender porque as pessoas deixaram de construir o futuro na tentativa de viver intensamente o presente e amenizar o impacto dos momentos vindouros. Incertezas. Culpemos tudo, só não culpemos a ganância humana.</span></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-5705350699795164272011-03-05T10:20:00.000-04:002011-03-05T10:20:50.563-04:00DESARMADO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">Por Humberto Rodrigo<br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> "Panoptiqueiros" de plantão: o post dessa semana será um pouco diferente. Carnaval aí bombando e nada mais normal que uma análise socio-político dessa festa que hoje, é a maior do mundo. Refletindo sobre a folia (que para muitos é como a virada de ano, afinal no Brasil o ano começa após o carnaval) deparei-me com o vídeo de uma jornalista paraibana e fiquei "desarmado". Eu, muito provavelmente, não encontraria palavras melhores para expressar com tanta maestria o que o carnaval, DITA festa democrática, se tornou. Depois de assistí-lo vi que melhor que dissertar seria postá-lo. Sem mais delongas, o post dessa semana vai com os crédito para a Jornalista Raquel Sheherazade:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/xY2BSJ6Xttg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: justify;"> </div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-1086546234333666982011-02-19T13:37:00.002-04:002011-02-19T14:46:41.418-04:00O Elogio da Bizarrice<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR"> Por André Andrade</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Não quero imitar o Erasmo de Roterdã, e muito menos incitar-se em seu sarcasmo e ironia presente em sua obra, <i>O Elogio da Loucura.</i> Pretendo direcionar os mais verdadeiros elogios às bizarrices que costumamos encontrar em nosso cotidiano. O fato é: por que o povo passou a dar valor a músicas que não tem nenhum sentido (aprioristicamente falando)? Dito isto, não quero levar em consideração a música em seu estilo, mas em seu conteúdo, e o que está em voga não é bem a música em si, mas o valor depositado a elas. Todo caos tem sua ordem, se compreendida, então não podemos olhar esses eventos de forma depreciativa, como eu mesmo já fiz, confesso, chegando a dizer que tais aberrações são desprovidas de significância. Retificarei meu erro. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> As cosmologias das classes desfavorecidas nos dão dados que justificam a valorização de músicas depravadas, sem sentido, sem letra, contudo, relevantes quando interligadas à vida que a pobreza os relegam. De fato, observamos um aumento considerável destes gêneros musicais, mas aí não podemos deixar de entrever interesses mercantis que exploram essas formas de lazer que essas classes degustam. Nesse sentido, não quero dizer que a pobreza condiciona as pessoas a cultuar músicas “bizarras”, mas que sua baixa condição econômica restringe seu universo fazendo com que tendenciosamente, passem a criar gosto por esses tipos de músicas, o que não impede de criar outros gostos, o que dependerá de influências de outras pessoas e outros fatores infinitamente apontáveis.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> O que se passa é que a grande maioria dessas pessoas que “curtem” músicas bizarras são pessoas que não puderam dar prosseguimento em seus estudos, tem ritmo de trabalho bastante intenso, quando não, trabalham informalmente, são subempregados e tem sempre de estar a “dar duro” para que não falte comida em casa. Nesse contexto, o lazer desses estão resumidas ao sexo, televisão, música e cerveja, de maneira geral. Ouvi no ônibus de um senhor que “a única coisa que o rico não tirou do pobre foi fazer menino”. É claro que o senhor citado se refere ao prazer libidinoso que o sexo lhe permite, sendo uma conseqüência nada agradável o “menino” a que ele se refere. A falta de instruções, como diversos benefícios gratuitos que se encontram nos postos de saúde para que se evite uma gravidez não planejada levam os mais pobres a praticar sexo de forma descuidada, aumentando as dificuldades com o aumento da família.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> Quero deixar bem claro que tudo isso são especulações. Não há comprovações científicas para tais deduções. No entanto, essas observações não são infundadas. Ensinei numa modalidade de ensino em que 98% das mulheres, num universo de 110, na faixa etária de 18 a 29 anos, deixaram a escola por gravidez indesejada. Digo indesejada porque não faziam parte dos planos da maioria engravidar ao iniciarem (precocemente) a vida sexual ativa. Dessas, 90% tem dois ou mais filhos e tiveram os mesmos na adolescência. Quanto aos homens, nessa mesma modalidade de ensino, 90% deles deixaram o colégio para trabalhar e sustentar mulher e filho, tendo os outros de deixarem de estudar por necessidades que já vivenciavam. A maioria desses também tiveram filhos na fase da adolescência.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> Trago esses dados não só para mostrar que se faz necessário uma política educacional de orientação sexual por parte das escolas e quebrar esse tabu de não falar de sexo para os adolescentes, haja vista que as conseqüências são mais graves. Com isso, quero justamente falar dessas conseqüências: a formação da típica família de baixa renda. Sem o alicerce da educação, comprometidos com a família, os pais estão agora condicionados a uma vivência derradeira, isso para não falar da excessiva incidência de pais que abandonam suas crias. Ora, qual é a ligação do gosto por músicas bizarras e condição de pobreza em que estão inseridas essas típicas famílias? O lazer lhes foi tolhido. As precárias condições econômicas lhes permitem a ter acesso a cd’s/dvd’s piratas, a shows de 5,00 a 10,00 reais, a cerveja mais barata, a TV aberta, ao sexo cuja dependência se encontra somente na convenção dos parceiros. Todo o universo dos grupos sociais desfavorecidos está condicionado ao cerco que sua condição econômica lhes permite.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Nessa perspectiva, há de se fazer um esforço <i>incondicional</i> de compreender porque as pessoas de classe baixa não dão importância a MPB, Bossa Nova, o Rock <i>questionador,</i> a Chico Buarque, Tom Jobim dentre muitos outros. Lhes faltam <i>cultura</i>? A essa pergunta, dedico-lhe um veemente NÃO. Se disséssemos sim, então colocaríamos o termo cultura em íntima relação com a condição econômica, já que quem tem acesso a essa <i>cultura </i>são as classes mais favorecidas. Então estou querendo dizer que as músicas bizarras são culturais? Sim, pois, se as mesmas são desprovidas de sentido, as classes desfavorecidas lhes outorgam uma significância, a saber, o lazer! </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> Diante de tantas dificuldades, privações, intempéries que uma vida de apertadas condições financeiras passa, as músicas que lhes são divertidas, de ritmos alegres, cujas letras, em sua maioria, falam de amor mesclado com sexo, quando não totalmente depravadas ou sem letras mesmo, formam, imbricadas com o sexo, cerveja e televisão, a conjuntura que fundam a coesão social das camadas mais pobres. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">O senso comum dispensa letras críticas e criativas para valorizar as poesias libidinosas, em que a bebida, contos e tragédias amorosas somados a uma batida musical no qual requebram-se os quadris são elementos categoriais presentes nas aqui chamadas músicas bizarras a qual satisfazem os desejos momentâneos e a baixo custo. Tal dispensa não permite dizer que a classe pobre <i>não tem cultura</i>, pois o que não se tem são costumes provenientes de outra esfera econômica. Tudo bem que o que nos irrita e faz com que não reflitamos acerca do assunto é o fato de em toda lugar encontrarmos essas músicas sendo tocadas, não precisando nem sair de casa pra ter contato com as mesmas. Toda essa constância é realmente irritante, mas como diria o velho Durkheim, não deixe que tudo isso suba à cabeça, fazendo com isso um hercúleo esforço de compreender a pertinência de tais fatos em nosso meio. Todavia, dizer que isso não é cultura é um preconceito, porque isso é uma construção coletiva humana em que se procura fundamentar a existência com o que se tem.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Certo. Então, deixo esclarecer alguns pontos obscuros desta breve reflexão. 1°- Chamo de Músicas Bizarras músicas que em geral não tem nenhum intuito de criticidade e muito no quesito diversão, descontração, curtição etc. 2°- Muitos devem estar se perguntado, - Sim André, muito bonito o seu argumento, mas como fica a questão de pessoas de outras camadas sociais curtirem a música bizarras, como os estudantes universitários, que em sua maior parte provém de uma classe média. Ora minha gente, estamos falando de cultura, uma categoria que é carregada de dinamismo, interação, e não uma coisa estanque. E mesmo assim, hipoteticamente falando, se questionarmos boa parte de pessoas dessa classe, perceberemos que muitos ouvem ou já ouviram músicas de outro tipo que não as bizarras. E se curtem este tipo de música, curtem pelo mesmo motivo dos mais pobres, lazer, e que vão em busca da azaração, já que em festas com músicas bizarras sempre se avolumam pessoas com o mesma motivação já citadas aqui. E isso é uma prova de que a cultura dos mais pobres tem uma grande significância a ponto de atrair pessoas de outras estirpes econômicas e sociais. 4°- Não quero estar aqui estereotipando nenhum conjunto social, pois, como já havia dito, não são fenômenos estanques, estando sempre em devir. Meu intuito é quebrar com essa idéia de que tal coisa é cultural e tal não é, polêmica que não se esgotaria em um texto. 5°- e por último, não deixemos de entrever nas ações os interesses econômicos. Se só toca esses tipos de músicas nos bares, na rádio, na TV, é porque tem de atrair pessoas para consumirem cerveja e darem audiência. Tem uma música que prova que estou com alguma razão quanto toda esta minha ladainha, a da banda Psirico, chamada <i>firme e forte</i>. Opinião minha, uma das melhores músicas elaborada por um grupo musical baiano, pois fala de uma realidade de pobreza, fé e esperança, realidade esta totalmente consonante com a vida de grande parte das pessoas de baixa renda. No entanto, a música não repercutiu grande sucesso, aliás, somente parte da música fez sucesso, a parte do refrão que diz: Êee chuá chuá, ê chuá chuá.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><i><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-style: normal;">Tchubirabirom pra tod@s!</span></i><i><span lang="PT-BR"></span></i></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-36144545924793989402011-02-06T11:01:00.001-04:002011-02-07T14:03:13.757-04:00Foucault no Oriente Médio<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 21px; line-height: 24px;"><b><br />
</b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span style="line-height: 115%;"><o:p>Por Humberto Rodrigo</o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 7.1pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">O quê os recentes acontecimentos no Oriente Médio e Michel Foucault têm em comum? Na leitura de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Ordem do Discurso</i>, dentre outras coisas, Foucault trata do discurso e do poder que vem inerente a ele. Quem tem o “direito” de discursar? Para ter esse direito é necessário ser versado em técnica. Na Tunísia (onde a série de movimentos contra os governos “déspotas” tiveram início) um feirante ateou fogo ao próprio corpo. A idéia deste texto é co-relacionar esses dois eventos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 7.1pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na Grécia antiga o direito de discurso era dado a todo cidadão ateniense: nas grandes assembleias aberta ao público, todos os cidadãos tinham direito a voz. Um direito que era equitativo à todos, entretanto aí já se nota um esboço do binômio discurso\poder, uma vez que como o discurso era destinado aos cidadãos, aos que estavam fora dessa casta nada restava a não ser seguir o que fora imposto. A partir da Roma antiga, e mais ainda da idade Média, a relação entre discurso e poder cada vez mais foi se intensificando: em Roma com o imperador, nos feudos com a Igreja detentora da “verdade” incontestável, na modernidade com o discurso burguês. Hoje na pós-modernidade (em breve texto sobre que diabos é isso de pós-modernidade) o discurso ganhou forma e técnicas apropriadas: tem que ser metricamente fluente, obedecer regras, embasado teoricamente... Mas essa influência não é de agora vem de longa data: desde o século XVI com René Descartes. No entanto, desde Descartes, e mais ainda com o surgimento das universidades, a tendência foi cada vez mais o discurso se transformar em uma arte dotada de técnica que deve ser milimetricamente seguida. O que Foucault chama atenção é que o discurso quanto mais técnico menos acessível ele se torna: o discurso é diferenciador e localizador. Ele diz tanto quem você é, quanto de onde veio. Ora o discurso de um catedrático é radicalmente diferente de um vendedor de sapatos, por exemplo. Assim como, pelo discurso dos dois é possível localizar o extrato o social que cada um pertence. Foucault não fala dos extratos sociais, pelo menos não diretamente, mas deixa um paralelo bastante pertinente ao falar daquelas que ele chamou de “sociedades do discursos”, que nada mais eram que grupos que detinham certo método específico em recitar poemas. Embora a intenção seja de recitar o poema, o conhecimento da técnica era guardado a fio, destinado a uns poucos. Há um papel extremamente delimitado entre aquele que fala e o que escuta, papel esse que não pode ser trocado jamais. E é verdade, olhem a nossa sociedade: quem discursa usa terno e gravata, quem escuta usa, quiçá, “jeans e tênis”. E o interessante é que nesse caso não é “a verdade” que está em jogo e sim o método, o poder de convencimento, seja ele pela eloquência e retórica ou, seja pela força bruta. E o grande exemplo disso é Galileu Galilei ao mostrar que a Terra não era o centro do universo, entretanto, fora obrigado a se retratar publicamente porque o discurso (e com isso o poder) era ditado pela Igreja. O que interessava não era a verdade em si, mas a ratificação e a subserviência àquilo que se pregava na época. Palavras bonitas valem mais do que verdades perfeitas. Essa disparidade abismática entre esses dois sub-extratos (o que fala e o que ouve) é dificilmente transponível, mantendo certa estabilidade com o passar dos tempos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 7.1pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nos últimos dois meses temos visto uma verdadeira revolução no Oriente Médio. Tunísia, Egito, Jordânia... Vários países estão se rebelando contra os regimes autoritários e anti-democráticos. Mas você sabe como se deu início isso tudo? Na Tunísia com um feirante que ateou fogo ao corpo. Qual o sub-extrato de um feirante: o que fala ou que ouve? O referido feirante sempre tinha que dar (e por “dar” entendam-se se deixar ser saqueado) parte de sua produção a policias. Por várias vezes reclamou a autoridades do governo e nenhuma atitude fora tomada. Cansado disso ateou fogo ao próprio corpo, para que o seu discurso fosse ouvido. Dias depois faleceu. E dessa atitude vemos a eclosão das revoltas no Oriente Médio. A grande arma dos governos autoritários é exatamente o de concentrar em si a arte – e todo o poder – inerente ao discurso. Quem vai dar ouvidos a um feirante? Qual o sub-extrato de um feirante?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 7.1pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">O discurso e a classe social estão intimamente associados. O dinheiro está para o poder, assim como poder está para o discurso. Na verdade o dinheiro até compra o discurso: cada vez mais se o vê o crescimento de assessorias de impressa. Quem tem o poder não fala, paga para que falem por ele. O discurso de quem habitualmente só ouve, só tem valor quando proferido por uma ampla maioria. Mas, como já dizia Pareto, é imensamente difícil mobilizar de forma organizada uma grande massa. Só quando eventos <a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=72166476466487888&postID=3614454592479398940" name="_GoBack"></a>extraordinários (e, geralmente, trágicos como o feirante tunisiano) ocorrem e que há uma mobilização organizada. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Ordem do Discurso </i>(novamente salientando que foi feito um recorte de uma parte específica do livro) foi escrito em 1970, muito do que Foucault chamou atenção está acontecendo hoje, 41 anos depois. O trágico disso tudo é que certamente muitos feirantes ainda atearão fogo ao próprio corpo, para serem "ouvidos".</span></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-18646075126880609492011-01-29T21:20:00.001-04:002011-01-29T21:41:29.265-04:00Vigiar ou Punir?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br />
</b></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br />
</b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">Por Humberto Rodrigo</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">Como é de conhecimento geral da população, é fato que o sistema carcerário brasileiro está chegando a um estágio de estrangulamento singular. A população carcerária no Brasil gira em torno de 500 mil detentos, sendo que desses, mais da metade é reincidente em delitos. Grupos de direitos humanos reivindicam a melhoria das condições dos internos. Já para a população, quanto pior forem as condições de vida dos presidiários pior para eles, afinal se estão lá é porque de fato merecem estar. Esse embate sucinta a questão a respeito da função social dos presídios: afinal presídio é para ressocializar ou punir? </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">Celas apertadas, comida de péssima qualidade e tratamento da pior espécie. Essa é a realidade da imensa maioria dos presídios brasileiros. Sob essa condição os grupos de direitos humanos alegam que o detento ao invés de aprender a lição, sai ainda pior do que entrou. O tratamento dado aos condenados (apesar de em teoria sim, na prática) não diferencia o ladrão de supermercado do ladrão de banco: ambos ocupam o mesmo espaço. A falta de uma divisão, que realmente seja efetiva, tende mais para corromper o primeiro do que para redimir segundo. O argumento é que o convívio com os presos de alta periculosidade aliado à falta de um programa que ressocialize o detento faria com que o ladrão “comum” cedesse aos encantos de uma vida criminosa de alto padrão. Logo, o mais importante seria que se criasse mecanismos que reeducassem esse detento ao convívio social, fazendo com que o mesmo optasse por uma vida longe dos crimes. No outro extremo dessa linha está aqueles que defendem que preso é preso e ponto final. Se eles estão lá, é porque fizeram por merecer. Não chegam ao extremo de defender que se deveria trancá-los e deixá-los à própria sorte, sugestão do “Coronel Nascimento”. Porém é uma situação no mínimo indignante vermos que em algumas penitenciárias os com finados têm regalias tipo spa’s, oficinas onde a cada três dias trabalhados é reduzido um dia de sua pena e oficinas de capacitação de mão-de-obra. Como dizer à família que teve uma perda irreparável, que o seu algoz tem recebido benefícios como esses? Benefícios tais que às vezes nos trazem a sensação de que é mais vantagem estar preso do que solto (crianças, desconsiderem isso).</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">Tendo por base esse pano de fundo ressurge a questão, mas dessa vez levando em conta o caráter da realidade brasileira: Afinal, qual a função social do presídio: ressocializar o detento ou puni-lo? Ressocializar? Ora, o processo de ressocialização passa pela a idéia de reeducação, e reeducar passa pela idéia de informar. Então por que não termos televisão em casa sela? Afinal, bem ou mal, a televisão ainda é o maior meio de informação do país. Ah, a função é de punir! ? Certo, então por que não adotarmos o sistema de prisão perpétua? Exclui-se a pena de 30 anos e vamos para o sistema prisão vitalícia e ainda ampliaremos a quantidade de solitárias. Aliado a isso, vamos cortar o banho de sol e reduzir a quantidade de visitas para apenas uma por mês, evitando assim, a completa animalização. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">É de conhecimento popular o ditado que reza que “prevenir é melhor do que remediar”, e hoje se sabe que um detento custa ao Estado nada menos que dez vezes mais caro que um aluno. Por essa óptica, seria imensamente mais vantajoso vigiar (ressocializar) do que punir. O Estado agiria em duas frentes de investida: uma na educação de base, onde teria a função de trazer uma educação onde o aprendiz teria qualificação necessária para pleno desenvolvimento de carreira. A segunda frente seria nos presídios, com iniciativas que permitissem ao preso se readequar à sociedade se utilizando de mecanismos como oficinas de capacitação e complementação do ensino básico. No entanto isso não faria com que extinguisse a criminalidade. O crime, como já adiantara Durkheim, nunca deixará de existir. Mais: em certa medida ele é útil (isso mesmo, útil) à sociedade. Então o que fazer com os detentos que não se ressocializaram e aqueles praticantes de crimes hediondos? Deveria, então, o sistema penitenciário ter as duas funções? Saciaríamos o problema do que fazer com ex-presidiários que não conseguem empregos e voltam à vida criminosa, assim como ficaríamos, também, com o sentimento de justiça tão esquecido nos dias de hoje. Há acuse de estar sendo bem funcionalista, entretanto, uma instituição tal qual uma penitenciária é uma autarquia funcionalista e como tal, tem na execução do seu papel social a sua excelência. Vigiar ou punir? Os dois!!!<br />
<br />
<b>Em tempo, peço perdão aos caros leitores pelo texto mea-boca. É meio como aquele jogador que estava em férias e precisa retomar o ritmo dá coisa. É que a pressão para postagem de um texto estava imensa não é mesmo..., ANDRÉ?!?!</b></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-45197066042612304022011-01-29T09:49:00.003-04:002011-01-29T14:41:07.838-04:00O Respeito Mútuo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Por André Andrade</span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;"><span lang="PT-BR">“</span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”</span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">O Pequeno Príncipe, de </span><span lang="PT-BR">Antoine de Saint-Exupéry</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Dando prosseguimento à problemática extraída da conclusão do texto anterior, trataremos agora desta delicada questão que é o respeito mútuo. Usando somente a palavra respeito, estaremos individualizando as ações humanas que se relacionam socialmente com outros seres humanos. Destarte, para que as pessoas ajam com respeito uma com as outras, é preciso que haja reciprocidade dos gestos de apreço que se estará imprimindo ao próximo. A mutualidade é que irá reforçar nossa motivação de agir respeitosamente com os outros. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">As premissas dessa “lei” moral se desdobram em diversas formas: a violência gera violência, não deseje ao próximo o que você não quer para si, que advém da máxima muito usada pelo pensador inglês Thomas Hobbes, não faça ao próximo aquilo que você não gostaria que fizessem consigo. Tudo isso se traduz em que toda ação ofensiva que lançamos ao próximo tira de nós o direito de ser respeitado. E esses fundamentos são claramente observáveis desde a antiguidade como nos é representado pela Lei do talião, a base do código de Hamurabi, antigo rei babilônico. O <i>olho por olho, dente por dente</i> não nos passa a idéia somente de que os crimes cometidos pelas pessoas serão devolvidos da mesma forma como punição de seus atos. Quer acima de tudo evidenciar que o que é façamos de pior ao próximo será refletido para nós, de modo que assim se experimente o dissabor que nossa ação causou a outrem, ou seja, sintamos na pele. É o famoso ditado “o feitiço virou contra o feiticeiro” transformado numa lei jurídica. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Contudo, o que nos impele a respeitar o nosso próximo? Como respeitar convicções contrárias a <i>nossas</i>? Qual a garantia que temos de que nossas crenças serão respeitadas pelos <i>outros</i> assim como respeitamos as <i>deles</i>? E, qual o nosso interesse em respeitar as crenças alheias as nossas?</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Opa, esta última reflexão-problema-pergunta deflagrou o que estava implícito nesta discussão acerca do respeito mútuo. Se concordarmos com a afirmação da última frase do primeiro parágrafo, devemos esclarecer nossa intencionalidade quanto à reciprocidade dos gestos condescendentes. Respeitamos os outros para que nos respeitem ou respeitamos porque é certo? A primeira assertiva denota o sentido de interesse, de que queremos em troca o respeito depositado a outrem, logo, estamos visando o <i>eu</i>, e não o <i>nós</i>. Já a segunda dá a intenção de gesto voluntário, ou seja, respeitar a outrem sem olhar a quem. É o embate da Utilidade fútil x Voluntarismo útil. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Para levarmos adiante as dúvidas exprimidas anteriormente, devemos levar em conta tais considerações. É lógico que nos sentiremos muito mais confortáveis de respeitarmos as convicções alheias às nossas se as nossas forem respeitadas. Entretanto, esta prerrogativa será lançada as favas (2ª vez que uso esse jargão..) quando as nossas crenças forem insultadas, caso sigamos o princípio utilitarista. É por isso que disse que a mutualidade é um REFORÇO, e não a força maior que gera a motivação do respeito recíproco. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlv1SzAaTYLvmwAlZgugSc_Vjx-2zkcy8P_peRRlX6qUslMpva-kgUeh8WZVcIl0ACs4pjPI89lAqkRSkY1eiejaJack7aM2hGfSA5gPRH66l-x8OypNGnccadouIlD_KMO8FBCJmqLPdn/s1600/AniversarioCaoGato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlv1SzAaTYLvmwAlZgugSc_Vjx-2zkcy8P_peRRlX6qUslMpva-kgUeh8WZVcIl0ACs4pjPI89lAqkRSkY1eiejaJack7aM2hGfSA5gPRH66l-x8OypNGnccadouIlD_KMO8FBCJmqLPdn/s320/AniversarioCaoGato.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">O ser humano é um animal muito maleável (e tem gente que se sente insultado ao ser chamado de animal, pois o que nos diferencia dos outros bichos é o que nos deixa maleável). Por mais que ajamos de forma voluntária, nada nos garante que, ao sermos ofendidos, não acionemos o lado utilitarista e defendamos as nossas crenças colocando-as superiores às do ofensor. A fagulha de todos os conflitos se encontra nessa flexibilidade que traz a possibilidade de escolher ser útil ou voluntário quanto aos nossos gestos e ações.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Com isso, não direi que somos maus ou bons – direi que o mundo nos ensina a sermos utilitaristas, a responder da forma conforme somos atendidos. E que nossos valores (de todas as crenças e costumes) devem nos ensinar a sermos voluntários, para que nos reconheçamos nas outras crenças alheias as nossas, e aprendamos que nenhuma tem o direito de reclamar superioridade em detrimento de outras, pois todas trazem consigo suas verdades que são a ânsia do ser humano pela busca de verdades que não são certezas. Enfim, o respeito mútuo não vem de berço, provém da estima, conhecimento, educação.</span></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-40657793554466591342011-01-18T23:52:00.001-04:002011-01-19T19:41:30.863-04:00A defesa de nossos valoresPor André Andrade<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nossas opiniões provêm de nossas paixões, portanto, emanados de nosso espírito, como afirmava Sartre e muitos outros antes dele. Por isso, levamos às últimas conseqüências aquilo que “sentimos” ser o certo e com isso mandamos a neutralidade axiológica às favas. Todavia, existe coisa mais lógica que essa??? </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Defendemos até onde podemos os nossos ideais, e intrínseco a isso os valores aos quais prezamos. Simples assim: se fazemos parte de determinada instituição, ninguém nunca nos ouvirão desfazendo dela, do contrário, estariamos se desfazendo de nossas opiniões, de nossas crenças, ou seja, de nós. Podemos tecer críticas internas quanto ao grupo que pertençemos, no entanto, algum engraçadinho que vier dizer coisas sobre o nosso grupo que não nos agrade, não ficaremos satisfeitos. Aqui cabe até aquela piada do argentino que, ouvindo brasileiros falarem das mazelas do país, entrosa-se na conversa tentando fazer coro aos desiludidos que, num passe de mágica, faz aflorar um chauvinismo telúrico tangendo o argentino com suas idéias “contraditórias” a respeito do Brasil.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os valores são sentimentos categoriais cultivadas pelas pessoas aos quais alimentam dentro de si seja para aderir-se a coletividades, seja para criar uma identidade razoável que as façam diferirem das outras e assim perceberem que “existem” (eis aí a necessidade de uma boa educação para cumprimentar as pessoas com um bom dia...). </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Existem valores mais restritivos, que variam muito de pessoa para pessoa, e que por isso são os mais polêmicos. Porém, não quero aqui defender aquela velha idéia retrógada de que política, religião e futebol não se discutem, ao menos no campo científico. Me abstenho de discutir questões injuriosas com pessoas que tomam suas paixões como verdades absolutas. Essas pessoas desconhecem palavras como dialogicidade, alteridade e bom senso. Saem por aí a digladiar suas opiniões e se acaso ostentar alguma titulação, então a razão pousou ali e ali se estabeleceu.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Posso levar um lero com colegas e amigos em que se esteja sendo consideradas as três palavras citadas acima. De outro modo, é infrutífero. No que se ganha em um debate no qual cada quer demonstrar que seu time/partido/religião é o/a melhor? Raiva, perca de tempo, de juízo, e até de vida. SIM!! A defesa de nossos valores é a defesa de nossas vidas, e ninguém vai abrir mão delas num diálogo que conclame toda a sua subjetividade à disputa retórica, e que pode descambar para a física. A desavença habita nestes tipos de diálogos em que não se consideram as três palavras mágicas. Alguém poderá afirmar que as palavras em voga podem ser resumidas a uma: tolerância; opinião sensata a qual concordo veementemente. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Faço essa palestrada toda porque presenciei nos períodos eleitorais discussões totalmente infantilizadas porque colocavam-se em pauta opiniões infundadas que levava o “apaixonado sem base” a fomentar céleres formulações sem nenhum fim, sem nenhuma relevância. É como a briga de galos em Bali, como relatou Geertz, no qual as opiniões são os galos, e não importa de que forma tresloucada as coloque, não estou visando o conteúdo, o que quero é ganhar dos adversários. Mas, aonde isso vai nos levar? Prefiro não comentar.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os <i>ídola</i> baconiano estão à solta em nossos tempos, e a des-coletivização da vida humana se torna um perigo iminente em tal conjuntura. Seria caso de estarmos voltando ao nosso estado de natureza (se é que esse estado existiu!) porque defenderemos até a morte, se for preciso, aquilo que consideramos como os valores ideais? Entretanto, isso já num acontece, pois o que é o fundamentalismo religioso senão a imposição de valores de determinada religião a outros indivíduos de outras religiões? </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como já disse, é a coisa mais normal do mundo o indivíduo defender aquilo que acha certo, que segue, que fuma, que faz, porém tudo começa a fugir da normalidade quando os indivíduos que possuem um denominador comum começam a impor suas paixões aos outros indivíduos que divergem das opiniões que o grupo consonante quer impor.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Com isso, quero dizer duas coisas.1- vamos parar com essa besteira de dizer “-fulano defende isso porque faz isso; -beltrano concorda com aquilo porque pertence à mesma laia”, pois isso é um TRUÍSMA (essa palavra é necessária nessa situação) e, se repetir isso é uma redundância inconveniente, achar nisso a causa daquilo que se defende é assumir inteira falta de reflexão e querer isentar-se de debates que prezem pela tolerância.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">2- Mais que isso, perguntemo-nos, o que é que as pessoas têm de aprender primordialmente? Bem, essa é a problemática maior que ponho em discussão e, portanto, mais complexa, o que me levar a fazer uso do <i>a meu ver. </i>A meu ver, e isso todo mundo sabe de cor, precisamos de <i>respeito mútuo</i>. Certo, mas o <i>Panóptico Social</i> não está interessado em repetir o mundo de fadas desses jargões que todos repetem em mensagens bonitas (como faz certa apresentadora), mas ninguém <i>respeita. </i>Entretanto, não quero deixar exausta/o a/o cara/o leitora/o. Não é essa a nossa pretensão, e como já disse o pai de Humberto, pensar requer calma e tempo, então, posterguemos essa discussão para um próximo <i>post</i>. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">P.S: Aos caros leitores, seria caso de começarmos um movimento “Cadê o Humberto” aos mesmos moldes do “Cadê o Belquior”? Aguardo comentários.</span></b></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-20253720753526489792011-01-12T15:28:00.001-04:002011-01-12T18:03:51.229-04:00Cordial vem de ColonialPor André Andrade<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">“Somos um povo acolhedor”, “Somos um povo festivo, alegre”, somos um povo com uma forte mentalidade de colonizado!!! Sim, temos de estar sempre de braços abertos, sorrindo e sambando para os gringos e as gringas aqui se sentirem “acolhidos”. Insistimos na mesma e velha história: “- A nossa cidade é uma cidade que está sempre de portas abertas para acolher os <i>visitantes</i>”. Bem, entendo que uma cidade que se afirme assim deveria ter antes de tudo acolhido os seus pra depois abraçar os estranhos. Todavia, as praças ainda estão cheios de pessoas nascidas em sua própria terra natal sem experimentar essa cordialidade do <i>povo</i> brasileiro.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> O intelectual que advogou sobre o homem cordial que é o brasileiro e seu livro mais conhecido, <i>Raízes do Brasil</i>, não teve a preocupação em analisar os rizomas que despontavam de suas raízes. Eu sei que dessa forma estaria pedindo muito, já que é um dos primeiros livros em que se preocupa em estudar e descrever aquela que seria a identidade de uma possível nação brasileira, para que usufruíssemos da unicidade brasílica, sentimento que faltava (e é claro, ainda falta) no Brasil de outrora. Não quero culpar o Sergio Buarque de Holanda por ter “inculcado” essa idéia da cordialidade do brasileiro, afinal, esse grande pensador brasileiro é um dos nossos melhores nomes para entendimento dessa complexa (e perplexa) história de nosso país. Contudo, ao falar do homem cordial como uma das grandes características identitárias do Brasil, ele está falando sim das Raízes do Brasil, mas de um Brasil Colônia, e não do Brasil enquanto projeto de país independente da exploração estrangeira, que é o que sua idéia de cordialidade, a meu ver, vem provar.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Repito que não pretendo estar aqui desprezando o trabalho hercúleo de se pensar e articular categorias identitárias que demonstrassem as raízes originariamente brasileiras, e desse modo, despertar não um chauvinismo (que a gente só vê quando a seleção de futebol joga), mas um patriotismo nacional, pois o que se via na virada do século XIX para o XX era um forte regionalismo imperando neste país continental. No entanto, entrevendo que a tese do Buarque de Holanda nos mostra que somos um povo de caracteres marcadamente colonizado, é de se pensar as causas que nos fazem ainda propagar essa noção da cordialidade, de cidade acolhedora. Será que foi uma idéia que colou e que hoje existe de forma oca? O que é a cordialidade em um sistema capitalista? Um mero bom dia???</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Penso ser essa cordialidade de efeitos bastante maléficos para os estrangeiros que passam por aqui. Os mais ávidos acham que podem passar a mão em qualquer mulher e levar ela pra cama. Os mais complacentes acham que podem deixar seus utensílios na areia da praia enquanto vai comprar uma água de coco porque entre esse povo benevolente ninguém “mexeria” em suas coisas. Pior ainda para nós que temos que cordialmente (<i>sic</i> de soluço) temos nos curvar a toda a gringação e fingir nosso acolhimento para que se deixe por aqui pela terra <i>brasilis</i> seus dólares e euros.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span lang="PT-BR">Dizendo isso, não quero estar também afirmando que o brasileiro é o pior das espécies, mas justamente quero questionar isso: o grande mal que são as generalizações. O SBH começou um belo trabalho, pelas raízes, temos que continuar, seguindo agora pelos rizomas.</span></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-32654329009340171292010-12-31T09:46:00.003-04:002010-12-31T15:31:24.935-04:00d'O GambitoPor André Andrade<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Necessário há de ser</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Não tem pra onde correr</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Estamos imersos numa batalha</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Cujas trincheiras somos nós</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">De prontidão a guardar os flancos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">E a avançar ao território alheio</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Em campos esquadrilhados</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">O inimigo é cromaticamente assimétrico</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">O impasse que bloqueia a passagem</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">O passe que destoa das circunstâncias</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Excelsa Vitória de Pirro!</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Que para vencer é preciso perecer</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Tens de ceder, do contrário, tudo atravanca</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Ao menos que a Nobre Cavalaria</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Ouse saltar sobre as trincheiras perfiladas</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">A porfia se torna tensa</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Afinal, quem resistirá à desavença?</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Destemido seja o inimigo</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Que de uma misericórdia ingloriosa</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Ceifa do tabuleiro a incógnita</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Não obstante, é a vez do desafiante</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Que na reciprocidade inversa do movimento</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Dilacera cheio de vingança, a outra peça titubeante</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Os desbravadores não são nobres</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">São peões a chocar-se com seu infortúnio</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">De servir de escudo para a velha aristocracia</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Que finca sua flâmula na terra conquistada </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Umedecida com a seiva carmesim do camponês inocente</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">E conclama-se vitoriosa à custa do indigente</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Os homens a conquistar mundos desconhecidos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Impérios soerguerão das ruínas dos impérios malogrados</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Conquanto que os mais fracos amorteçam a força do impacto</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">E desapareçam da <i>história</i> que só há lugar para heróis</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Avançam os guerreiros e seus reinos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Os homens sempre hão de guerrear</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">E perpetuar a sede de dominar</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">O sangue dos mais fracos hão de jorrar</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR">Sempre foi assim, assim sempre será.</span><span lang="PT-BR"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span lang="PT-BR"><b>P.S.: AOS FREQUENTES VISITANTES, DEU PRA PERCEBER QUE ESTAMOS EM "MÓDULO" DE FÉRIAS, DAÍ A RAZÃO DOS "POEMINHAS". DESDE JÁ NÓS DO PANÓPTICO AGRADECEMOS AS VISITAS DE TODOS E DESEJAMOS UM FELIZ ANO NOVO!! </b> </span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><br />
</span></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-29034761723335017162010-12-25T10:25:00.002-04:002010-12-25T19:01:20.406-04:00Vida de CágadoPor André Andrade<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Defronte à parede</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Contemplo o microcosmo que me cerceia</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Não percebo nada em derredor, estando só com minha dó</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Nem vejo o dia clarear, pra mim o sol não há de raiar</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Todas as coisas mudam</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Se não mudassem não seriam coisas</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">A não ser o tempo que não muda, só passa</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">O tempo e eu, uma não-coisa</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Da comida ao estrume</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Persisto em meu costume</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Carrego o peso de minha existência</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Mas não reclamo não, casco duro como a vida</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Reclamações não irão mudar a minha condição</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Vivo a olhar na parede</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">E beber água quando sinto sede</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Olho ao meu redor com minha visão limitada</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">E a grandeza do universo me diz que não sou nada</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Recolher-me-ei em meu canto, preenchido de desencanto</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">A continuar no meu ócio, ócio fatigante</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Recolher-me-ei em meu casco</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">A contemplar o tempo passar num fiasco</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;"><span lang="PT-BR">Eu e o tempo, tudo passa.</span></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-46136191480666964062010-12-20T22:51:00.003-04:002010-12-21T17:01:37.279-04:00PROFISSÃO PROFESSOR (Eu sou um Fracasso?)<div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Por André Andrade</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Este texto visa refletir acerca do ser professor. Há poucas semanas foi divulgado o novo PNE (Plano Nacional de Educação) no qual o Ministro da Educação Fernando Haddad apresenta as metas que a serem atingidas nessa segunda década do século XXI. Dentre as principais metas a serem atingidas encontra-se a valorização salarial do professor, que nas palavras do Ministro, será imprescindível, caso queiramos uma educação de qualidade. No mesmo Hipertexto (página da carta capital) um comentarista alertava: “- que tenha a mesma urgência que teve a dos deputados”. Tendo em vista essas digressões, resolvi escrever essa apologia ao professor.</span></div><div></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">No último dia como estudante do ensino médio, saí da sala com a certeza de que seria tudo, menos professor. As aulas de meu professor de História (<i>in memorian</i>, falecido há um ano), que eu odiava, me deu essa certeza, só que desencadeou o efeito contrário. Recebi uma bolsa do Prouni no primeiro ano de execução do projeto para cursar História e acabei me vislumbrando pela disciplina. O outro vislumbramento ocorreu justamente em sala de aula. Que sensação boa senti ao entrar numa sala de aula e compartilhar o que eu havia aprendido com os que ali estavam presentes. A docência beira a filantropia. Beira, porque as mãos do capitalismo que desencanta tudo em que toca não nos permitem afirmar que ensinar é um gesto humanitário, de auxílio ao próximo.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Não havia escolhido isso pra mim, e minhas impressões (antigas) sobre a profissão ainda me deixavam meio cético quanto seguir a temida carreira. Resolvi seguir no curso, e ver o que dava. Familiares me chamaram a atenção, verbalizando coisas como “- Você não vai mudar o mundo; Você não vai ser o herói da nação”, mas em nenhum momento abri a boca pra dizer isso, só disse que seguiria a profissão da docência. Porém, tal crítica me fez temer se isso não era apenas a síndrome do noviço rebelde, que de início vê a esperança (de Pandora) em tudo e que depois sofre a crise da desilusão provocada pela rotinização da vida profissional . Afora outros fatores como a falta de valorização do professor. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Então transformei minha temerança em um problema a ser conhecido, pra evitar que ela viesse a me conhecer aos poucos e aí desembocar na síndrome do professor mal resolvido com a vida e consigo mesmo (diacho de síndrome de nome grande, uma sigla, por favor: SPMRCVCM...é, num resolveu...). Cheguei a fazer uma pesquisa com uma turma lá da universidade sobre a desilusão do professor, e através de um questionário aplicado a 60 professores, descobrimos que somente 2 estimulam seus filhos a serem professores, e mesmo assim...Bem, isso confirma um fenômeno que deve ocorrer muitíssimo na região no que diz respeito ao curso que a maioria escolhe para cursar na Universidade pública daqui, a UESC. No meu entender, a grande maioria escolhe os cursos de licenciatura (a maioria das vagas ofertadas e de menores concorrências) pela disciplina a ser estudada, e não pela área de atuação. Não é a toa que os cursos da licenciatura possuem uma característica muito forte de bacharelado, pois o seu público se dedica mais à pesquisa de seu campo do saber ao invés de criar núcleos de ensino e outras ferramentas que poderiam aperfeiçoar a educação da região pós-cacaueira.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">De quem é a culpa? No trabalho, supúnhamos que não só a valorização salarial é um fator preponderante, mas também a valorização social. Crescemos ouvindo que seremos ou médico ou advogado, aos que conhecem a profissão (e seus ganhos) lembram do engenheiro, mas o professor não é uma profissão apreciada a ponto de se tornar o fetiche do povo. Em que somos diferentes das profissões anteriormente citadas? Lidamos com saúde educacional, direitos e deveres sociais e a engenharia do saber. Exijo toda a pomposidade dedicada aos “doutores” acima citados para os professores também. Simplesmente não somos lembrados pela sociedade como contribuintes para a construção do bem-estar social. Lembra-se que o ensino está uma lástima, que professores são incompetentes, mas não mensuram o quão dispendioso é o trabalho de um professor.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Assim como um médico consulta seus livros para estudar uma cirurgia a ser feita, ou um advogado que debruça-se sobre os seus calhamaços para ter conhecimento das leis e assim saber como agir diante de um tribunal, o professor tem de estar a visitar seus livros, sua biblioteca para renovar, relembrar, re-formar seu conhecimento adquirido na faculdade para que possa em sala de aula transmiti-lo. Aquilo que ele compreende de seu campo de saber é passado aos estudantes que terão de apreender e aprender seus ensinamentos de forma ativa, ruminando o que acabou de saber para efetivação da aprendizagem, ao menos essa seria a situação ideal, mas isso necessariamente não acontece pelo agravante motivo que a diferencia das outras profissões, e a torna, a meu ver, a mais difícil.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">O médico não atende de uma só vez todos os seus pacientes, não ouve a queixa de 40 pessoas dentro de seu consultório e não as receita a todos num mesmo raio de voz. Assim como um advogado não houve todos os seus clientes de uma só vez e não tem de levar todos os casos em coletividades, pois cada um tem sua <i>exigência, seu problema.</i> A profissão do professor tem essa característica massificante, lidamos com muitas pessoas ao mesmo tempo. A depender da carga horária, poderemos ter falado ao fim do dia para um público de mais ou menos 200 pessoas, e isso é muito dispendioso. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Nesse sentido, nosso trabalho não é menos importante que o do médico ou do advogado, pois se um cuida da ordem sanitária e o outro dos conflitos gerados pelas relações sociais, nós cuidamos para que se lembre que somos uma humanidade que comunga da constituição dos saberes universais. Que esses saberes transmitidos aos neófitos da sociedade servem para localizá-los dentro do contexto em que vive sua espécie:<i> o sapiens.</i></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">A sapiência. Se é isso que nos diferenciam de espécies anteriores, é porque inventamos elementos eficazes para transmitir esses valores constituídos pela humanidade: a escola, a educação e o professor. O professor tem a árdua tarefa de aprender esses valores e ensiná-los àqueles que comporão essa conjuntura humanitária. É triste saber então que o piso salarial do professor no Brasil de 1,020 R$ demorou dez anos a ser firmado legalmente (e mesmo assim não é obedecido pelas prefeituras e os Estados, mesmo já estando o piso salarial em 1,200 R$) e ver deputados votando o seu reajuste salarial astronômico na velocidade da luz...ver que a profissão é abominada por muitos...ver que somos tidos como mártires pelos nossos familiares...ver que toda a sua esperança de mudar, transformar, é abalada por motivos como estes dos deputados, e nesse sentido, faço uma pergunta exclamada pelo meu caro amigo Humberto: eu sou um fracasso?</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Dediquei todo meu esforço em todas as aulas que tive o prazer de dar, e ainda sinto por ter abandonado o meu último emprego (lembranças ao pessoal do PROJOVEM). É um desafio pra mim, fazer acontecer a aula perfeita, que você não sente instantaneamente se ela é boa ou não, mas que sedimentada na mente dos estudantes, lhe reconhecece na rua e diz: aquele é <i>um</i> professor. Mais do que isso, é perceber que o desempenho do seu papel promoveu uma mudança, ao menos na cabeça desses estudantes, pelo fato de ter mostrado a eles que conhecer não é um incômodo, é incomodante. Fracassar...creio que professorar não é fracassar, somos a prova concreta de que insistir ainda vai valer a pena, eis a minha convicção que a força do tempo não vai corroer porque não é uma euforia, é uma obstinação.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span lang="PT-BR">Dedico este texto a todas as professoras e professores de todo o Brasil que vivenciam cotidianamente a profissão e sentem na pele as dificuldades do ofício, e mesclam a docência com o filantropismo, pois dinheiro nenhum paga esse trabalho. </span></b></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-89968530476613550472010-12-08T22:06:00.000-04:002010-12-08T22:06:45.125-04:00Falando de Burocracia<!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>EN-US</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:DontVertAlignCellWithSp/> <w:DontBreakConstrainedForcedTables/> <w:DontVertAlignInTxbx/> <w:Word11KerningPairs/> <w:CachedColBalance/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267"> <w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/> <w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Table Normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style> <![endif]--> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Por André Andrade</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> A Burocracia no imaginário brasileiro é algo pesadamente pejorativo. Todo processo que se resolve frente a uma instância pública levam o selo de “burocrático” por se mostrar um processo atravancado e que despende muito tempo para ser resolvido. A Burocracia conceituada a partir de um viés sociológico é mais que isso, e não é tão danosa assim se pensarmos como Weber, um dos primeiros sociólogos a estudar o assunto. Não querendo aqui dar nenhuma aula de sociologia, e nem se mostrar hermético (Ops, dificilmente compreensível, rsrs) o problema que quero expor é o seguinte: A Burocracia é necessária ou dispensável? Podemos pensar numa desburocratização, por exemplo da política? (e aí subentende-se que outras instituições também passam por <span> </span>processos de burocratização, como a família). Antes disso, explicitemos em linhas gerais o que é Burocracia para que o problema fique melhor evidenciado.</span></div><div> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Do francês <i>Bureau</i>, que quer dizer escritório, secretaria, ou num linguajar político, repartição pública, e daí juntando com “Kratos” temos o governo das repartições públicas. Então, de modo bem generalizado, podemos dizer que a burocracia é uma forma de organização que o Estado Moderno faz uso, onde encontra no funcionário público especializado em sua função e inserido numa hierarquia de cargos no qual estão interligados a partir de uma rede de subordinações entre gerentes e gerenciados. Estou explicando tomando como referência a Política, o qual a Burocracia se manifesta de forma mais perceptível por todos nós. Pretendo em um outro texto discutir a burocratização de nossas vidas, breve, espero.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Primeira pergunta: Por que essa forma de organizar-se? É uma forma <i>racional</i> de administração que possibilita “previsões”. C-O-M-O assim? A especialização das funções distribuídas e ramificadas em todo o sistema das repartições promove a rotinização dessas funções. Todas as ações são <i>calculáveis</i>, e, portanto, todos os serviços e demandas ficam passíveis de serem previstos. Desse modo, cria-se a estabilidade administrativa e organizacional que todo sistema político, institucional (o Estado, no caso), precisa para promover-se, perpetuar-se no poder, e até pra fins de estabilidade social, que necessariamente não significa que tudo está nos conformes, afinal, nem tudo são flores.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">A razão do termo ser tratado como pejorativo pelo senso comum estão bem fundadas. Houve uma fragmentação demasiada do sistema burocrático. Ocorreu uma reprodução de subordinações tornando o sistema partido em divisões infinitesimais. Cada gerente tem seu gerente, e ninguém sabe quem é que comanda, quem dá o “apito final”. Com isso, o que era pra ser eficiente e auxiliador vem promovendo um atravancamento da máquina estatal. Para fins conceituais (e elucidativos), chamaremos de Burocracia aquilo que foi exposto no parágrafo anterior e de Burocratismo, a sua <i>disfunção</i> relatada (repetindo, de forma bem genérica) nesse parágrafo. Tudo isso para chegar ao clímax, ou, no pior de seu problema mais sintomático, a especialização das funções.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">A especialização da mão-de-obra é o pior problema da Burocracia, ao meu ver. Funcionários que se especializam em suas funções e que por isso, se tornam donos de seus cargos, apropriando-se de espaços institucionais. Contarei uma historinha real pra ilustrar melhor. Visitei com a turma de Ciências Sociais da UESC a aldeia indígena Pataxó de Porto Seguro. Lá, ouvimos um probleminha relatado por um índio da tribo no que diz respeito à ausência de um Pajé na tribo. É que o último que detinha todo um conhecimento ancestral das plantas não imaginava que morreria tão cedo (o Pajé estava na “casa” dos setenta!!! Fato é que a média de vida dos índios pataxó ultrapassa os 80 anos, e olhe lá) e não se preocupou muito em já passar todo o seu saber ao seus dois iniciados (não é qualquer um que pode ser pajé, há toda uma trajetória mística e séria detectada logo na infância dos aspirantes ao cargo). Aconteceu que infelizmente o pajé faleceu e levou consigo todo o conhecimento milenar da medicina natural, o que deixou a tribo sem pajé. O caso é meramente ilustrativo, pois nesse caso, foi uma fatalidade, e no nosso caso, <span> </span>é uma banalidade.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">As pessoas apoderam-se dos cargos públicos, tomam pra si todo o conhecimento necessário para execução de suas funções, e de forma prepotente, tornam privado o que é público, não se preocupando em formar novos ocupantes dos cargos, criando assim impedimentos corriqueiros, resolvidos com algum suborno (esse “jeitinho” brasileiro...dá nos nervos!). Não direciono essa crítica aos cargos públicos conseguidos mediante concurso público, o que requer um conhecimento da legislação referente a assunto, além de um espaço maior pra ser debatida tal questão, já que a critica teria de ir de encontro às estruturas do sistema burocrático, ou seja, uma Tese!</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Me referirei aos cargos políticos, que de 4 em 4 anos vencem, mas de 4 em 4 anos, vemos as mesmas figuras no comando. Suponho que o sucateamento da máquina estatal se dá pelo fato de políticos tornarem os cargos públicos cativos à sua personalidade. A questão é simples, quanto mais tempo ocupa-se num cargo político, mais o burocrata tende-se a acomodar-se, a não inovar-se, a corromper-se. Pra mim, político não é uma profissão, é um estado imputado a qualquer cidadão ou cidadã. </span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Esclarecer-me-ei falando dos franceses. Na Comuna de Paris, fato ocorrido no século XIX em que operários tomaram Paris e fundaram um Regime Socialista que não durou mais de 2 meses, houve uma coisa intrigante. Os “Comuna” instauraram um sistema circulatório no comando político, pois sabiam que as pessoas não podiam se acostumar no poder, deixar dominar-se pela <i>Fortuna</i>, como diria Maquiavel, em detrimento da <i>Virtù. </i>No Maio de 68, os estudantes lançavam ferrenhas críticas a burocracia “proletária” instaurada na URSS. O que era pra ser uma ditadura (o grupo revolucionário que se tomou o poder para passá-lo para os proletários) de transição de sistemas para o firmamento do Estado Comunista se transformou numa ditadura (o grupo tirânico que apoderou-se do poder sem alternância nos cargo). Nesse ínterim, os franceses faziam questão de criticar e não incorrer no erro exposto pela crítica, ou seja, em suas manifestações, não existia nenhum representante, nenhum líder, e os estudantes eram apáticos ao partido comunista francês, visto como seguidor do marasmo soviético. Tais críticas promovem o ressurgimento de idéias anarquistas que aliou-se às premissas do movimento Punk. Ressurge daí a velha discussão dos velhinhos senis (brincadeirinha) Marx e Proudhon: é ou não é necessário a Existência do Estado?</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Bem, eu e minha mania de escrever demais, mas vou encerrar pontuando algumas questões que me afligem desde que comecei a pensar nisso tais como: por que a burocracia deu errado na URSS e deu tão “certo” no mundo capitalista? A Burocracia é a fonte da Corrupção? Existiria alguma alternativa ao sistema burocrático? Quiçá eu possa ampliar a discussão da temática aqui e falar, por exemplo, do plano do Ex-ministro da Fazenda Carlos Bresser de uma reforma gerencial. Não seria enfadonho fazer essa discussão aqui, já que <span> </span>é um problema pertinente em nossa vida contemporânea.</span></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-32320191758492062662010-12-05T21:35:00.003-04:002010-12-07T10:36:00.922-04:00ANALFABETISMO ELEITORALPor Humberto Rodrigo<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">O brasileiro é taxado de não se envolver politicamente. O desdém a respeito da questão eleitoral perpassa pelo total alheamento ao cenário eleitoral do país, alheamento esse que vai desde o esquecimento dos candidatos em votou na última eleição até o completo desconhecimento das políticas públicas que têm sido tomadas (ou não) em prol da comunidade em que este está inserido. Neste cenário a própria cobrança aos governantes se torna fragilizada uma vez que não está embasada de nenhuma concretude, pois sem o conhecimento do que ocorre ao redor, não nem há como utilizar o jargão “’o prefeito’ não faz nada além de roubar”. Acusações à parte existem vários exemplos de comunidades que saíram, por conta própria, em busca de melhorias para o seu próprio meio. Exemplos desse tipo nos remete tanto à questões referentes a idéias tais como o “partido não-governamental” como, por outro lado, à questões a respeito da (falta) consciência eleitoral.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">Dizem às tantas que brasileiro não é um povo engajado politicamente, que não tem consciência política. A esses eu digo-lhes que estão sendo míopes. O problema não é nem que não têm consciência política, o problema é que não têm uma EDUCAÇÃO POLÍTICA. A coisa é pior, usando de um ditado popular: “o buraco é mais embaixo”. Não ter consciência é achar que apenas os representantes do executivo é que precisam ser escolhidos cuidadosamente, enquanto que os representantes do legislativo são escolhidos porque um amigo indicou ou ainda pior: são escolhidos no caminho à secção de votação. E isso acontece não nego. Entretanto, não ter uma educação política é não acompanhar, sequer, a propaganda eleitoral; não acompanhar os debates televisivos. É fato que os EUA simplesmente PARAM em dias de debates na “telinha”. Chegamos ao cume de eleger um presidente por ele ser “bonito” [<i style="mso-bidi-font-style: normal;">sic</i>]. Isso é o ápice do analfabetismo eleitoral. A falta de educação política é tão mais grave que a falta de consciência, na medida em que a falta de consciência está inserida na falta de educação, afinal como se ter uma consciência daquilo que não se conhece?</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">A falta de uma educação política flerta com idéias antidemocráticas. O pressuposto passa por uma questão elementar: afinal qual o sentido de dar o direito de votar a quem não saber exercê-lo? Acaso você se submeteria a uma operação com um médico que não sabe fazer cirurgias? Ou confiaria o seu sonho de construir a casa própria a um pedreiro que não sabe construir casas? Se é bem verdade que hoje temos uma opinião pública suficientemente forte e desenvolvida, capaz de se opor veementemente a uma investida de cerceamento da democracia, também o é que o panorama de analfabetismo eleitoral favorecem aos maus políticos: Platão há milênios atrás já se preocupava com a possibilidade de que o político com a melhor retórica assumisse o poder, em detrimento daquele que tivesse as melhores propostas. O povo poderia facilmente ser enganado por aquele candidato que possuía uma boa oratória, afinal, as massas são movidas pela emoção ficando a razão em segundo plano. O temor de Platão tem se tornado realidade: quanto menos uma população se engaja politicamente, mais o político com melhor retórica assume em lugar daquele que tem melhores propostas.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">Em resposta a essa falta de comprometimento com a política, idéias como a de Alexis de Tocqueville vem como uma proposta plausível: Tocqueville (<st1:personname productid="em A Democracia" w:st="on">em A Democracia</st1:personname> na América) sugeriu a criação de pequenos grupos de ação (vide textos anteriores a respeito dos Partidos Não-Governamentais). Exemplos como a concepção de uma liga comunitária nos bairros (que seria responsável tanto pela mobilização de necessidades <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a priori</i> – como mutirão de limpeza ou em prol de um vizinho que está necessitando de ajuda – quanto pela cobrança junto às autoridades competentes) surgem como modelos bastante acessíveis. Em sua viagem aos Estados Unidos (isso em meados do século XIX), Tocquecille ficara espantado com a capacidade de mobilização politica dos estado-unidenses. Esse tipo de mobilização é tão reflexo da educação eleitoral como sua causa. Sim, porque a partir do momento que em se está lidando com a política diretamente, a tendência natural é o maior envolvimento. O analfabetismo, ao contrário, cria o ambiente ideal para a proliferação de políticas/políticos desastrosos e danosos para a sociedade. Tocqueville ficou a abismado com a capacidade de organização e a consciência política dos estado-unidenses. Eu também fiquei. </div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-42452073726160473122010-11-30T20:48:00.000-04:002010-11-30T20:48:58.465-04:00Fragmentos Avulsos...Pô, a gente só vê branco?!<!--[if gte mso 9]><xml> <o:OfficeDocumentSettings> <o:RelyOnVML/> <o:AllowPNG/> </o:OfficeDocumentSettings> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>EN-US</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:DontVertAlignCellWithSp/> <w:DontBreakConstrainedForcedTables/> <w:DontVertAlignInTxbx/> <w:Word11KerningPairs/> <w:CachedColBalance/> </w:Compatibility> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267"> <w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/> <w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Table Normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style> <![endif]--> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Por André Andrade </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Tudo começou como uma brincadeira. Não tenho prazer em assistir TV, mas reconheço que devemos ir além de nossas vontades se quisermos criar vínculos sociais e enturmar-se com seus grupos. Certo, aceitei abrir mão de minha estranheza com a TV, mas logo que me sentei frente à dita cuja me lembrei dos motivos que me fizeram deixar de dar atenção a este hipnotizante aparelho. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Não é preciso ser um bom observador para perceber as distorções. Nas novelas, empregadas são negras e patrões são brancas. No “barraco” da favela sempre rola um churrasco confraternizador que fortalece a unidade da “comunidade” e nessa cena todas personagens são negras . Num desses <i>realitys shows</i> instantâneos de concurso de modelo, percebe-se a presença de uma negra mais como forçosamente encaixada no esquema do programa do que escolhida espontaneamente. Começo a contar quantas pessoas negras aparecem em propagandas e logo desisto, pois não se vê nenhuma. De repente, eis que surge uma representação destacável da africanidade em algum papel de novela, mas aí nota-se algumas singularidades imputadas ao seu papel. Normalmente é uma personagem com qualidades pouco estimáveis, quando não, são totalmente padecidos, precisando de ajuda dos brancos. As novelas esforçam-se em serem politicamente corretas (sic! 3x) mas distorcem a estética negra ao tornarem lisos os cabelos crespos. E quando uma atriz negra protagonizou certa novela, era da cor do pecado...</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Curioso, há pouco vi essa atriz fazendo propaganda para que as pessoas assumissem sua cor NEGRA, por ocasião do censo. É curioso porque ninguém apareceu para fazer o mesmo tipo de propaganda para o branco. Sempre o negro está em questão enquanto que o branco está muito bem em seu lugar, vai tudo tranquilo...se fala em negritude, mas e a branquitude? Se se discute o preconceito contra o negro, é porque existe alguma outra cor que contrasta com essa, no caso, a branca. Se existisse somente uma cor na Terra, não haveria preconceito (pelo menos de cor!)! Aonde quero chegar? Bem, conquanto não colocarmos na pauta de discussões a branquitude, estaremos andando em círculos, pois a solução não está na conscientização de que somos todos iguais, porém diferentes, aforismo este que não se encaixa com a brutalidade do contexto real. Está no fato de por em xeque a cor branca tida como referência. A cor branca se torna referência quando ela é omitida desses debates, quando ela aparece como maioria grotesca na Tv, quando você vai ao shopping e parece que estamos assistindo a Tv. Destrone a branquitude de sua posição de comodidade, e construamos um diálogo onde todos serão expostos, todos serão visados, porque enquanto insistirmos em expor somente a imagem do negro, o alvo será somente o negro, e o arqueiro, o branco...</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Fui há algumas semanas no shopping e lá vi uma exposição de fotos com a temática grávidas, e deduzi que em meio a umas 20 fotos, encontraria como se convencionou na TV, ter ao menos uma negra dentre as fotografadas. Deduzi errado. Dessa vez não houve dissimulação, resolveu-se não colocar nenhuma mãe grávida de pele negra na exposição. Dentre todas essas situações observadas eu surtei: -Pô, a gente só vê branco??!!! Estão pregando uma representação de mundo que não condiz com a nossa realidade! Olho ao meu redor e vejo uma miscelânea de cores e matizes que mostram a força de nossa miscigenação. Do cabelo às unhas do pé, estamos imersos numa confluência de fenótipos que nos tornam indistinguíveis uns dos outros. Aí eu vejo crianças brancas tomando sorvetes e crianças negras engraxando sapatos. Jovens brancos com mochilas e jovens negros com flanelinhas. O doutor é branco e o analfabeto é negro. Sei que alguma coisa tem mudado, mas as disparidades ainda são gritantes, basta ter um olhar estatístico...</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Vi um panfleto na universidade que tratava do recente fato da mãe de santo que teve seu terreiro invadido por policiais sofrendo com isso agressões e discriminações dos milicos. O fato se tornou conhecido e foi parar até nas mesas do governador. O folhetim gritava: não vemos policiais invadindo igrejas e espancando pastores e padres...</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span> </span>Então, de onde provém o preconceito? No que diz respeito à televisão, a minha opinião é que estamos sendo treinados pra enxergarmos somente branco, e por isso a discriminação se mostra nua e crua nas ruas das cidades, mas quem vai parar pra ver isso? </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Não sei se todos concordarão, mas eu acho que a pergunta mais idiota que se possa fazer a um brasileir@ (pra seguir o modismo) é: qual é sua cor. O meu nariz é senegalês...sou miscigenado! Podemos ter um fenótipo de branco e um genótipo de negro e virce-e-versa, afirmam os biólogos. Então, me pergunto, qual é a relevância de perguntar “Qual <span> </span>a sua cor?” <span> </span>pra um brasileiro? Provar que o preconceito está mais vivo do que nunca? Mas pra isso não precisa de questionários, censos, basta assistir televisão.</span></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-56757679790183203742010-11-27T22:00:00.007-04:002010-12-03T00:54:59.009-04:00O PESO DA CORPor Humberto Rodrigo<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">“Quando eu era pequena sempre ouvi meu pai dizer: ‘filha, estude mais um pouco. Somos negros e, por isso, temos que nos esforçar mais para termos as mesmas oportunidades que os brancos’”. Com este relato de uma colega, inicio o texto desta semana, rememorando o Dia da Consciência Negra comemorado esta semana (20/11). Alguém ainda duvida que a cor da pele é levada em conta como critério de desempate em seleção de emprego? Ledo engano daqueles que acham que não. Essa suposta democracia racial (conceito esse já embebido de preconceito) existe no Brasil, não passa de véu imposto por concepções neoliberais que, com sua delicada aparência, cobre as vistas dos menos atentos, quanto às questões ÉTNICAS patentes na sociedade brasileira.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">O mercado de trabalho brasileiro é estritamente machista. Os homens dominam os cargos de comando, têm os salários mais altos e são promovidos mais facilmente. Talvez eu tenha esquecido de dizer que esse é o homem BRANCO. A escala de salários, para trabalhadores de uma mesma função, é decrescente conforme o gênero, mas também conforme a cor (?). Para funcionários de uma mesma função, temos uma variação descendente onde no topo com os maiores salários está situado o homem branco, logo em seguida a mulher também branca (entre esses dois há um significante abismos), próximo, mais ainda atrás, vem o homem o negro e por último a mulher negra. A defasagem salarial entre o homem branco e a mulher negra pode chegar a números exorbitantes. A intenção deste artigo, em especial, não é procurar culpados, mas tão somente desmistificar a idéia de que a convivência entre negros e brancos se dá de maneira igualitária onde ambos desfrutam dos mesmos deveres e direitos. Ora, se todos têm o direito de ir e vir, por que o homem negro é quem sempre é abordado pela policia? </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">A idéia de que vivemos em uma democracia racial não passa de uma falácia, e uma falácia neoliberal legitimadora de distorções históricas. O interessante é notar como esse sistema é extremamente contraditório em seu discurso. Tomemos um exemplo ao acaso: é fato consensual que há uma diferença gritante entre o percentual de negros e brancos nas universidades públicas e essa diferença remonta desde muito tempo atrás, desde o momento que o primeiro negro pisou o solo tupiniquim como um escravo, privado de qualquer direito. Privado até da sua condição de homem, sendo tratado com uma peça. Ora, mas estamos em uma democracia racial, vamos ao plenário e à câmara requerer que sejam reservadas vagas nas universidades até que essa distorção seja corrigida. Democracia... Cadê você? Você ainda está aí? Não, não está. A democracia racial só existe desde que mantenha tudo exatamente como está, a partir do momento em que há a proposição de correção das deformidades históricas, essa “democracia” se esvai. Afinal, como diriam os mais antigos: “farinha pouca, meu pirão primeiro”. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">A discriminação velada vai desde expressões pejorativas do tipo: “a coisa ta preta”; “o mercado negro” dentre outras (não é engraçado não haver expressões desse tipo com a cor branca? Mais: qual a cor da pomba que simboliza a paz e qual a cor do gato que simboliza o azar?), passando pela necessidade da criação de uma lei que obriga que em comerciais televisivos de cada cinco atores pelos menos um seja negro (nem direi que a lei não é cumprida, apenas sugiro dois exemplos: prestem atenção nos comerciais da Vivo e da Skol), e finalmente desembocando em falas que sugerem que “negros, têm preconceitos contra si próprio”. O chamam de “preconceito contra si próprio” é na verdade INTROJECÇÃO. Ora, o menino negro cresce ouvindo expressões que deterioram a sua cor; liga a televisão e assiste programas em que todos os apresentadores são brancos; as crianças juntas aos apresentadores também são brancas. A introjecção não é algo voluntário e/ou deliberado é originária da formação no seio social. Seio esse que é hostil à sua cor, que lhe impõem se esforçar mais e ganhar menos. Tenho uma proposta: deveríamos mudar o nome de Dia da Consciência Negra para dia da Consciência Branca. Seria o dia nacional de acordar pra vida e ver que esses vícios de linguagens perpetuam uma a idéia de que o preto é ruim e o branco é bom. Teriam consciência que a respeito da necessidade das cotas ÉTNICAS como uma medida de médio prazo, afim de sanar a disparidade notória, nas universidades. Seria o dia também, de se perceber que politicamente incorreto é chamar de “moreninho” e não de “negro”, e que a África não é um país, é, antes, um continente que abarca tantos países quanto culturas. Logo, não é possível tratá-la como um bloco homogênico, pois ela não é. E por fim, que se entenda de uma vez por todas que a única raça que existe - respeitando as particularidade de cada etnia - é a RAÇA HUMANA.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;">O pai daquela colega ao propor-lhe que estudasse mais pelo fato de ela ser negra, talvez o tenha feito pelo reflexo da introjecção, mas talvez por já ter experiência o suficiente para perceber que a sua cor lhe pesava. E esse peso que ela carregaria para o resto da vida lhe traria vários infortúnios, mesmo ela vivendo em uma “democracia racial”. Por saber que sua filha talvez fosse ganhar pouco por ser mulher e menos ainda por ser uma mulher negra. Ao ter essa conversa com ela me lembrei do filme À Espera da Felicidade. Mais especificamente no quando o personagem principal, vivido por Will Smith, tinha conseguido um estágio e se transformara no “menino de recados” do orientador: era ele quem ia buscar o café, era ele quem ia manobrar o carro. Era o único que tinha a necessidade de trabalhar, tinha que fazer a atividade duas vezes melhor além, é claro, de ser o único negro. Pode ser que o pai da referida colega tenha assistido esse filme (acredito que não) e se identificado. Mas, infelizmente, ele ainda está certo: ainda é necessário que estudemos duas vezes mais, pois o peso ainda se faz sentir.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 9pt;">Fraternalmente dedicado à Arilene Soares.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 9.0pt;"><br />
</div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-72259237495137145252010-11-24T11:03:00.000-04:002010-11-24T11:03:08.549-04:00Um Partido Não-Governamental: como é possível?<!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>EN-US</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:DontVertAlignCellWithSp/> <w:DontBreakConstrainedForcedTables/> <w:DontVertAlignInTxbx/> <w:Word11KerningPairs/> <w:CachedColBalance/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267"> <w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/> <w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Table Normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style> <![endif]--> <br />
<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"> Por André Andrde</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span lang="PT-BR"> Por que a subversão deve ser tão barulhenta e espalhafatosa se a opressão age silenciosamente em nosso meio? </span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Depois de ter feito uma breve introdução fundamentando o porquê de um partido não-governamental (vide Excerto sobre o Partido Não-Governamental), o PNG, pretendo reafirmas as bases que sustentam tais idéias do partido articulando suas propostas com possíveis ações concretas. A práxis partidária se daria inicialmente num contexto escolar sobre a tutela dos professores que seriam os primeiros militantes do PNG. Tendo tal preceito em voga, faz-se necessário o uso de uma pedagogia crítica que combine a ideologia do partido, a emancipação<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=72166476466487888#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></span></a> do ser a partir do conhecer, com a militância conjunta dos partidários nas escolas.</span></div><div> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">O preceito crucial que vai dar ao PNG toda a sua forma e característica peculiar é a concepção do voluntarismo. O agir deve se pautar em ações antiutilitaristas. Logo se percebe no contexto escolar a des-motivação dos professores pelo fato de vivenciar o menosprezo que o Estado tem para com as Escolas. Acontece que esta desmotivação é gerada justamente por conta de conceber que a mudança somente será possível quando o Poder Público tomar providências sérias quanto aos problemas da Educação. Essa forma de ver a política torna inativo agentes que detém determinadas características que podem transformar a realidade. Os professores formam uma classe trabalhadora esclarecida cuja profissão é transformar o indivíduo que não detinha certos saberes e que agora os conhecendo, agirá de forma diferente do qual agia (é valido salienta a troca de saberes que provém não só por parte dos professores, mas também de seu público estudantil, mas falar disso nesse texto é demasiado longo, deixarei a discussão para uma próxima oportunidade). </span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Esperar a motivação por parte das políticas públicas é um investimento de tempo muito caro e pouco satisfatório. Existe ainda a questão de que a classe docente é uma <i>classe desunida</i>, o que é observável em todo tipo de classe trabalhadora, em todo tipo de agrupamento humano. Quero mostrar com esses argumentos que não estou deslocado da realidade, que não estou “elucubrando”, e por isso mesmo, não transporemos essas dificuldades sem agirmos em convenção. Um partido não vem diminuir as diferenças, ao contrário, deve-se fazer a defesa das mesmas, mas o que se pretende com tal são ações convencionalizadas, inscritas num sentido de mudança. Se em todas as diferenças acharmos a ambição da transformação da realidade que está posta, já encontramos a convenção-alicerce de nosso partido.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">O sujeito que integra o PNG deve se resumir a uma só característica: mártir. A má-remuneração dos professores, as limitações físicas e materiais do espaço escolar, as rixas políticas (no caso <i>policys</i>) infiltradas nas escolas dentre outros problemas vivenciados no cotidiano escolar não podem se tornar motivos para o enfraquecimento do movimento engajado proposto pelo PNG. As reuniões do partido serão espaços abertos para discussões dos problemas enfrentados, resultados alcançados, novas proposições para determinadas ações. A coesão do partido se fundará no grupo, e concomitante a isso, no ideal basilar: a emancipação do estudante a partir da práxis docente. Formulações de pedagogias radicalizantes serão prerrogativas que trarão a inovação para o agir docente combinado-se assim com a proposta de uma educação libertária. As salas de aula devem se transformar em lugares de micro-revoluções localizadas nas mentes dos seres pensantes. </span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Bem, fico com a sensação de que escrevi muito e disse pouco, mas é porque o que quero justamente passar se resume a três frases. Não agiremos na realidade transformando-a sem essa concepção de que podemos politizar nossas ações independente das políticas de pleito eleitoreiro. Essa práxis transformadora somente se dará aliada a uma motivação voluntarista. E a idéia mais implícita e expressa na epígrafe: a opressão somente será combatida se usufruirmos de seu mesmo (e eficiente) método: o silêncio. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">P.S.: Peço perdão aos leitores e leitoras pelo fato de não ter postado o texto da semana passada, pois tive de viajar, sendo este o mesmo motivo do <i>panoptiqueiro</i> Humberto Rodrigo e aproveito para agradecer as visitas que aumentaram nas últimas semanas, <i>merci</i>.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div><div style="text-align: justify;"><br clear="all" /> </div><hr size="1" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px;" width="33%" /><div style="text-align: justify;"> </div><div id="ftn1"><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=72166476466487888#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></span></a><span> <span lang="PT-BR">Emancipar no sentido de se libertar das amarras que aprisionam os seres humanos a um obscurantismo irracional, como no conhecido mito da caverna de Platão, e não no sentido de liberdade, discussão esta mais complexa.</span></span></div></div></div>Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-72166476466487888.post-38249652648469163172010-11-16T23:29:00.003-04:002010-11-17T00:03:19.990-04:00Preocupação de um PaiPor Jairo Trindade<br />
<br />
Alô Homem Livre<br />
<br />
Li hj seu artigo sobre o fim dos partidos e<br />
lhe digo que foi o que menos gostei de <br />
todos os seus posts.<br />
Achei um pouco confuso, inclusive quando<br />
cita o exemplo da eleição para o senado,<br />
situação que não pode existir pois não há<br />
voto de legenda para tal cargo. <br />
Mas o que mais me preocupou foi a idéia <br />
em si de extinção das agremiações partidárias<br />
que considero como um flerte com idéias<br />
facistas e totalitárias e ao mesmo tempo uma<br />
porta para o abuso do poder economico.<br />
<br />
Os partidos políticos por errados que sejam,<br />
são os canais por onde os grupos sociais podem <br />
se manifestar politicamente e disputar o espaço<br />
de poder. <br />
<br />
A solução para os problemas da representação<br />
política no Brasil passa, ao contrário, pelo<br />
fortalecimento dos partidos. Hoje temos um<br />
número excessivo de partidos, muitos dos quais<br />
não têm programa e são meros balcões de <br />
negociatas, podendo se fundir com outros<br />
congêneres ou simplesmente deixar de existir<br />
sem qualquer prejuizo para o processo.<br />
<br />
No entanto, há que fortalecer os partidos ideológicos e<br />
representativos de seus segmentos, reforçando<br />
a exigencia de fidelidade partidária. Por isso<br />
é importante que o mandato pertença ao partido,<br />
para que os candidatos não se utilizem da sigla<br />
de acordo com as suas conveniencias.<br />
<br />
É mais do que necessário discutir a reforma politica,<br />
refletindo sobre o voto distrital e o financiamento<br />
público de campanhas.<br />
<br />
<br />
Chega, senão vou acabar ficando confuso também.<br />
<br />
Pensar é uma coisa delicada e demanda tempo e<br />
paciencia. Se debruce mais amiude sobre o quadro<br />
político nacional. <br />
<br />
Outra coisa: seu modo de pensar está pendendo <br />
demais para a direita e suas idéias anti-democráticas.<br />
Cuidado.<br />
<br />
PS¹- Jairo Trindade é pai do blogueiro Humberto Rodrigo.<br />
PS²- A crítica se refere ao texto Ensaio Sobre a Extinção dos Partidos.Panóptico Socialhttp://www.blogger.com/profile/09697271421279410949noreply@blogger.com1